Com 102 anos recém completados, o Comércio da Franca tem em sua história dezenas de notícias que demonstra o papel fundamental que sempre desempenhou em Franca e região: revelar o que de mais relevante aconteceu no dia. Em diversas ocasiões, nossos repórteres descobriram e apuraram fatos que, depois de estamparem as páginas do jornal ganharam espaço em veículos de comunicação espalhados pelo país e pelo mundo. Relembre algumas dessas histórias.

 

 

1 - CHACINA DE BATATAIS 

Em março de 2002 um crime deixaria Batatais e toda a região chocados com a crueldade dos autores. A tragédia aconteceu na madrugada do dia 26 de março de 2002 e contou com uma cobertura especial do Comércio. Na ocasião, o casal de namorados Carlos Fabiano Faccion, o Fabinho, e Edna Emília Milani - com a ajuda do adolescente CRSD - matou a golpes de uma barra de ferro e/ou degoladas por faca os pais de Fabinho, Carlos Roberto Faccion, 48, e Maria Aparecida da Silva, 46, seus irmãos, Lucas Donizetti Faccion, 15, Elaine Cristina Faccion, 25 - grávida de nove meses (o bebê também morreu) -, e a sobrinha dele, Talia Roberta Faccion, 3 (filha de Elaine), além de causar lesões corporais graves e permanentes em mais duas crianças. Com o título ‘Violência e horror na cidade de Batatais’, o jornal trouxe uma matéria especial com os detalhes da primeira chacina do nordeste do Estado de São Paulo. Com relato de policiais e familiares, nossos repórteres contaram a frieza apresentada pelos criminosos e os detalhes da cena de horror encontrada na cidade vizinha. 

 

2 - PADRES IRMÃOS ENGRAVIDAM JOVENS

O Comércio saiu na frente e foi o primeiro jornal a contar o caso dos padres Heliberto dos Santos e Edson Francisco dos Santos, irmãos que engravidaram duas jovens paroquianas em Franca. O caso, que se transformou em um dos maiores escândalos envolvendo a igreja na cidade, teve repercussão nacional após a primeira reportagem ser publicada no dia 24 de abril de 2002. Na época, o então bispo da Diocese de Franca, Dom Diógenes da Silva Mathes, confirmou o caso, após o fato ser assunto entre os católicos durante semanas. Dois dias depois, o escândalo ganhou novo capítulo, após a equipe do Comércio confirmar que um irmão do padre também havia engravidado uma jovem. A matéria do jornal levou cerca de 50 jornais, como O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, e TVs, como a Rede Bandeirantes, a procurarem a redação do Comércio em busca de contatos de fontes, fotos e outras informações sobre o caso.

 

3 - PADRE DÉ

Em março de 2010, as páginas do Comércio trouxeram, em primeira mão, um caso de pedofilia envolvendo o padre José Afonso Dé, então com 74 anos. Na época, quatro meninos com idades entre 12 e 16 anos contaram à delegada Graciela de Lourdes David Ambrósio terem sido molestados pelo vigário da Paróquia São Vicente de Paulo, no Jardim Tropical. Entre os abusos, os adolescentes contaram que padre Dé os beijou na boca e passou as mãos em suas pernas e órgãos genitais. Logo depois que as acusações se tornaram publicas padre Dé, como era conhecido, teve suas funções na igreja suspensas pelo então bispo da Diocese de Franca, Dom Pedro Luiz Stringhini. Pouco mais de um ano depois ele seria condenado pela Justiça a 60 anos e oito meses de reclusão em regime fechado pela prática dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor. De nove acusações, ele acabou absolvido em sete e aguardava o julgamento das demais em liberdade. O religioso morreu no dia 14 de julho de 2016 após lutar durante meses contra um câncer. 

 

4 - CASO ADRIANA TELINI

No dia 21 de maio de 2006, o Comércio foi o primeiro veículo de comunicação a revelar, com exclusividade, o teor das escutas envolvendo a advogada Adriana Telini, acusada de tramar o assalto a um casal que tinha acabado de se separar e dividia o valor da venda de uma casa. Ela teria passado informações privilegiadas a bandidos que cometeram o crime. As vítimas, porém, teriam mudado o trajeto e escaparam do assalto. Em agosto de 2009, após ficar mais de um ano foragida, Adriana Telini foi condenada a dois anos de reclusão por associação para o tráfico de drogas. Escutas revelaram que o escritório dela possibilitava uma linha direta entre traficantes e presidiários. Numa das conversas, ela indicava para a filha de um cliente que estava preso o local em ele havia enterrado tijolos de maconha. Ainda em 2009 ela foi condenada por dois roubos e formação de quadrilha a 12 anos de cadeia. Ela cumpriu três anos da pena e foi libertada em agosto de 2012. Hoje a advogada trabalha normalmente. Antes disso, também foi condenada por estelionato. 

 

5 - TAPA DO VERGARA

No dia 3 de março de 2015 o vereador Luiz Vergara (PSB) agrediu,com um tapa na cara, o marceneiro Hélio Pinheiro Vissoto no plenário da Câmara Municipal, durante uma sessão. O vereador e então líder do governo municipal na Câmara se exaltou ao ouvir críticas de Hélio, saiu do plenário e foi até onde estava o cidadão e deu um tapa no seu rosto. Os fatos ocorreram após Vergara receber críticas por ter assumido o papel de líder do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) na Câmara. A cena, que foi flagrada em vídeo pelo repórter fotográfico Dirceu Garcia e mostra o momento exato da agressão, repercutiu em todo o Brasil e fora dele. Programas jornalísticos regionais e outros nacionais repercutiram o assunto e pediram autorização para reproduzir o material produzido pela equipe. O fato traz em si outro marco. Essa foi a primeira vez que o GCN publicou um texto em inglês, dado o interesse que despertou em pessoas de fora do Brasil.

 

6 - ELEIÇÕES 2010

O Comércio escreveu o seu nome na história da sucessão estadual como o único órgão de imprensa regional a receber para sabatinas os principais candidatos ao governo do Estado de São Paulo, no ano de 2010. Naquela eleição, que acabou confirmando Geraldo Alckmin (PSDB) como governador ainda no primeiro turno com 50,63% dos votos, Paulo Bufalo (Psol), Fabio Feldman (PV), Celso Russomanno (PP), Paulo Skaf (PSB) e Aloízio Mercadante (PT), além do tucano, apresentaram suas propostas aos eleitores locais.