José de Mello | gestão de 1915 a 1920
Num misto de pioneirismo, talento comercial e idealismo, aos 29 anos de idade, José de Mello, funda, no dia 30 de junho de 1915, o jornal ‘O Commercio da Franca’ - grafia da época.
A redação desse período, anexa à gráfica, nos fundos da Casa Mello, uma loja situada na Praça Nossa Senhora da Conceição, espécie de papelaria-livraria que comercializava penas de ouro para tinteiros, livros, material didático, artigos de papelaria e ‘serviços typographicos’, era restrita, artesanal, tocada por apenas duas pessoas: o proprietário, naturalmente, e o ‘redactor-chefe’.
Autodidata, sem formação acadêmica, Mello era um homem religioso, cultuava as artes e a literatura e fazia parte da elite francana da época. À revelia da garra com que persistiu no ideal de criar um jornal na cidade - num período em que pipocavam publicações praticamente natimortas - José de Melo definia a sua linha editorial traduzindo o conservadorismo de seu meio e tempo, ainda que com sopro progressista. Entretanto, isenção jornalística parecia ser conceito inexistente. O partidarismo quase extremado e as demandas por benefícios a serem trazidos à cidade, configuram-se as principais características do editorial. O jornal também não podia ser definido como negócio lucrativo.
José de Mello nasceu no dia 05 de junho de 1886 e morreu em 05 de maio de 1970, aos 84 anos e ainda lúcido. Foi casado com Irene Grecco de Mello, com quem teve 6 filhos, já falecidos. Esteve à frente do jornal até a edição de número 258, publicada em 30 de junho de 1920, exatamente no quinto aniversário de sua fundação.
Vicente Paiva | gestão de 1920 a 1922
Vicente Paiva assume o Commércio e a Casa Paiva, até então propriedade de José de Mello. O espaço passa a ser denominado Casa Paiva. ‘Jornalista, comerciante, filantropo e músico, Paiva era também proprietário da Casa Paiva que funcionava no mesmo endereço que o jornal, isto é, à Praça Nossa Senhora da Conceição, nº 49. Usava as páginas do jornal para anunciar os produtos de seu estabelecimento que além de livros e papéis, oferecia os serviços gráficos.
Nascido em Franca no dia 18 de abril de 1872, Oscar Otaviano gerenciou esta gazeta, sob o comando de Vicente Paiva. O período de Otaviano na gerência do jornal mantém a linha de seu antecessor e é limitado a apenas um ano, sem tempo para qualquer inovação, morre no dia 12 de março de 1921, momento em que Paiva volta a gerir a redação. Descrito como uma personalidade afável e boêmia, Paiva teve a biografia marcada pela participação ativa na filantropia, como diretor do Hospital Allan Kardec e do Centro Espírita Judas Iscariotes, entre outros.
Em junho de 1922 vendeu o jornal e a loja para o empresário Ricardo Pucci. Mineiro de Três Corações, Vicente Paiva foi casado com Isaura Luz (de quem ficou viúvo) com quem teve cinco filhos. Posteriormente casou-se com Maria Oliveira Aguillar. Faleceu em 1º de maio de 1951 .
Ricardo Pucci | gestão de 1922 a 1955
Ricardo Pucci pode ser definido como aquele que consolidou na história de Franca a marca Commercio da Franca, ao implantar uma nova política editorial, que acompanharia o progresso e atravessaria as décadas seguintes, até meados dos anos 50. Em 1927 fez investimentos para dobrar o tamanho do jornal, com diagramação mais bem cuidada, com equipe de 20 pessoas, entre gráficos e jornalistas, que incluía Vicente de Paula Lima e Otavio Cilurzo, nomes significativos da história de Franca. Numa edição de junho de 1930, Ricardo Pucci apresenta a reforma gráfica que lhe demandara tempo e investimento. O noticiário começa a pulsar com mais intensidade os problemas da cidade.
Entre as várias contribuições de Ricardo Pucci, que vão desde a circulação bissemanal a partir de 1939, passando pela impressão em cores em 1949, pode-se destacar a sua sensibilidade diante dos jovens talentos jornalísticos por ele revelados, entre eles Antônio Constantino e Alfredo Palermo. Foi Constantino, em terras francanas, apoiado por Pucci, o paladino da Revolução Constitucionalista de 1932, na mobilização popular em favor da causa. E mesmo diante da derrota na Revolucção de 32, suas páginas continuam defendendo a urgência de uma Carta Magna que só chega em 1934.
Ricardo Pucci vendeu o jornal para Alfredo Costa em 1955 e montou uma fábrica de calçados, a Rical. Teve intensa participação na vida política, elegendo-se vereador de Franca por duas vezes. Fundou a Lasep (Liga de Assistência Social e Educação Popular) e a Assistência aos Necessitados de Franca. Também foi provedor da Santa Casa, diretor da Acid e da AEC. Fundou a Associação Francana de Imprensa e Rádio; a Associação Francana de Ensino e foi diretor da comissão de obras da Associação Atlética Francana. Ricardo Pucci nasceu em 11 de outubro de 1897 e morreu em 2 de setembro de 1965. Foi casado com Cacilda Archetti Pucci e teve três filhos.
Alfredo Henrique Costa | gestão de 1955 a 1973
No dia 9 de julho de 1955, o jornal Comércio da Franca, em negociação registrada na sua 2690ª edição, passa para as mãos do trio de sócios Alfredo Henrique Costa, Jorge Chead e Márcio Bagueira Leal, momento em que o periódico se dissocia da Livraria do Comércio, nome que Ricardo Pucci dera à antiga Casa Paiva, originalmente, Casa Mello.
Por mais de vinte anos Alfredo Costa esteve à frente desta gazeta, imprimindo-lhe a marca da polêmica, segundo definição de sua filha Alice Costa Parra.
Alfredo Costa nasceu em 25 de agosto de 1911. Perdeu o pai aos 7 anos, foi arrimo de família desde os 14 anos, ocasião da morte do segundo marido da mãe, seu padrasto. Foi gerente da Casa Clube Hertz e da Rádio Clube Hertz de Franca e instalou uma fábrica de meias no antigo distrito da Estação. Formou-se em Direito e tornou-se professor de Economia na Faculdade de Direito de Franca e na Uni-Facef; foi, também, professor e vice-diretor da Unesp de Franca. Ao lado de Anis Aidar, Walter Anawate e outros, criou a Lasep.
Com a chegada de Costa, Alfredo Palermo continuou liderando a redação. Sob a sua batuta, o jornal começa a circular diariamente, com exceção das segundas-feiras. As notícias passam por drástica transformação. A informação deve vir, assertiva, logo nas primeiras linhas do texto. Quanto à forma do jornalismo que apresenta, o Comércio da Franca passa a integrar um movimento norte-americano surgido no início da década de 50, denominado Novo Jornalismo. Com o Golpe Militar de 1964, a consequente censura aos meios de comunicação interfere na imprensa de todo o Brasil e, claro, na redação do Comércio, gerida pelo notório esquerdista que era Alfredo Costa. Lutando para manter o noticiário lúcido, Alfredo Costa, adorado pelos jovens marxistas, pelos intelectuais e artistas francanos, enfrenta, em 27 de outubro de 1965, o Ato Institucional nº 2, com sua truculência e vigilância acirrada à imprensa.
Nesse clima, Alfredo Costa é delatado, fiscalizado, censurado, submetido a interrogatório. Foi levado ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social) sob a denúncia de chefiar um grupo de esquerda. Depois do retorno, mergulhado em desesperança, vendeu o jornal a Corrêa Neves, em 1973. Alfredo Costa morreu em 11 de setembro de 1999. Foi casado com Olívia Corrêa Costa com quem teve 3 filhos.
Márcio Bagueira Leal | gestão de 1955 a 1970
Ao longo de 15 anos na direção tripartite do Comércio, ao lado de Alfredo Costa e Jorge Cheade, Márcio Bagueira Leal atuou na área administrativa, sendo apontado por seus contemporâneos como um dos entusiastas modernizadores do jornal. Ainda que acompanhasse diariamente a rotina desta gazeta, inquieto, acumulava funções extra-jornal: atuou na Rádio Hertz, foi agente do IBGE, oficial de Gabinete da Prefeitura e associado da empresa de transportes Expresso Sírio-Brasileiro.
O empreendedorismo na área calçadista o afastou do periódico. Trabalhou na indústria Servetodos e tornou-se sócio da Calçados Paragon. Criava cavalosde raça e atuava no setor agropecuário. Foi diretor da Acif, do Sindicato das Indústrias de Calçado de Franca, da Delegacia do Centro de Indústrias do Estado de São Paulo, da Franca, da Fiesp e do Conselho Regional do Sesi. Foi ele um dos articuladores da instalação do Centro de Atividades ’Osvaldo Pastore’, do Sesi, e da vinda da escola Senai. Também ocupou a presidência da Guarda Mirim por 34 anos.
Márcio Bagueira Leal nasceu em Ibiraci (MG), em 8 de fevereiro de 1923 e veio para Franca aos 13 anos. Era formado em Contabilidade pelo Colégio Ateneu Francano. Morreu dia 3 de março de 2003. Foi casado com Maria Aparecida Casaroti Leal e teve uma filha, Maria Helena Bagueira Leal Coelho.
Jorge Cheade | gestão de 1955 a 1970
Um apaixonado pelo jornalismo e pela informação, Jorge Cheade compôs o trio Costa-Bagueira-Cheade que esteve à frente do Comércio entre os anos 1955-1970. Antes disso, foi proprietário do Diário da Tarde, que adquiriu de José Chiachiri e colaborou no jornal O Francano.
Formado em Ciências Contábeis, foi diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, integrando o primeiro corpo docente da instituição em 1951, bem como lecionou na Faculdade de Direito de Franca, Escola Industrial e faculdades em Ribeirão Preto.
Dinâmico e versátil, fundou o Sindicato das Indústrias de Calçado de Franca; participou, nos anos 50, do Sindicato da Indústria do Curtimento de Couro e Peles de Franca, do Ciesp; da feira do Calçado e Couro de Franca, da AEC, do Conselho Regional de Contabilidade e da Associação Atlética Francana. Participou da fundação do Hospital Regional de Franca, fazendo parte de sua diretoria; foi vereador por duas vezes, pela extinta UDN.
Deixando o Comércio para cuidar de outros projetos, assessorou o Grupo Samello e o Café Utam; também foi diretor do Calçados Peixe. Jorge Cheade morreu em 3 de março de 2005. Foi casado com Anete Alves Lima e teve 5 filhos.
Corrêa Neves | gestão de 1973 a 2005
A história de Corrêa Neves parte de um início difícil, quando, aos 14 anos, fugiu de um tio que o espancava na fazenda onde a família morava. Foi sozinho para a capital do Estado e chegou a dormir embaixo de viadutos. Foi acolhido por tutores e mentores, que o encaminharam para cursos e o orientaram na escolha de uma profissão. Aprendeu com eles e trabalhou junto de grandes nomes da política e do jornalismo no passado. Um marco na sua biografia que definiria os rumos posteriores de sua trajetória se deu no final da década de 40, quando foia presentado ao médico e um dos mais conhecidos políticos desse país, Adhemar Pereira de Barros, de quem se tornaria assessor e com quem, durante o período da Ditadura Militar, exilou-se em Baden Baden, na Alemanha. De volta ao Brasil, buscou a cadeira de deputado estadual pelas eleições e chegou à suplência na Assembleia Legislativa de São Paulo. Foi eleito com o médico José Lancha Filho, de quem foi vice, durante o período de 1968 e 1972, na Prefeitura de Franca. Mas foi à frente do jornal Comércio da Franca que sua estrela brilhou com mais intensidade: Corrêa Neves ergueu e consolidou as estruturas para essa gazeta que é hoje referência no Estado. Seu percurso neste diário se inicia em abril de 1973, quando assume a direção do jornal, em sociedade com Delcides Essado. Com experiência adquirida em grandes diários da capital paulista, como o Última Hora, sob a tutela de Samuel Wainer, Corrêa Neves promove a total revitalização desta folha.
Sob a sua direção, o Comércio segue buscando inovações pungentes mas graduais, procurando respeitar as tradições francanas e o apelo popular. Fica patente em Corrêa Neves a ideia da não-segmentação, tampouco da intelectualização ou engajamento no noticiário. Sob sua direção, o Comércio muda de endereço, saindo da rua Marechal Deodoro em 1974 e se instalando na rua Ouvidor Freire, em 1986, onde se mantém por quase 30 anos. Corrêa Neves nasceu no dia 28 de setembro de 1927, foi casado com Sonia Machiavelli, com quem teve dois de seus três filhos. Morreu no dia 18 de agosto de 2005.
Delcides Essado | gestão de 1973 a 1974
Nascido em Cristais Paulista em 6 de junho de 1925, mudou-se jovem para Franca. Na vida adulta, era investidor e tinha negócios em São Paulo, onde passava a semana, ficando em Franca somente aos sábados e domingos. Homem reservado, sem especial apreço pelo jornalismo, viu na aquisição do jornal uma oportunidade de investimento.
Mas, naquele tempo e ao longo de todas as gestões anteriores, jornal não era negócio lucrativo, sobretudo nas cidades do interior. Delcides Essado Mantinha no Comércio alguns funcionários que o representavam cuidando de aspectos administrativos e financeiros.
Pragmático e objetivo, decidiu vender a sua parte na sociedade a Corrêa Neves em 1974, não sem antes contribuir com a aquisição da rotativa Goss Community, que revolucionaria o modelo de produção de jornais no interior paulista.
Delcides Essado foi casado com Ruth da Silva Ferreira Essado e teve cinco filhos. Faleceu no dia 20 de janeiro de 1995.
Sonia Machiavelli | gestão de 1982 à atualidade
Quando se busca inventariar o cenário literário francano dos últimos 40 anos, um nome desponta absoluto: o da escritora e presidente do conselho consultivo do Comércio da Franca, Sônia Machiavelli Corrêa Neves. Ela pode ser considerada a maior incentivadora das artes e da escrita em Franca, tendo, inclusive, revelado muitos dos nomes que hoje publicam na cidade.
Profissional da escrita (além de jornalista, é autora de 4 livros) que já passou por todas as instâncias editoriais do jornal, até mesmo pela de polícia, é, sem dúvida, uma das jornalistas mais queridas e lidas em Franca, hoje se alternando entre as lides jornalísticas, a participação na administração do GCN e o trabalho voluntário como diretora e docente da Ong Academia de Artes, mantida pelo grupo.
Sônia Machiavelli nasceu em São Paulo, no dia 27 de outubro de 1948. Veio para Franca pouco depois de completar um ano. Sua primeira escola foi o Grupo Escolar Coronel Francisco Martins, onde entrou aos 5 anos, no então chamado Jardim da Infância. Completou o Ginásio no IETC e o Normal, em 1966. Em janeiro de 67 já estava lecionando em curso de alfabetização de adultos da prefeitura. No final de 1967, prestou vestibular para Letras, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca. Em 1971 terminou o curso. Casou-se três meses depois com o jornalista Corrêa Neves e foi morar em São Paulo, onde permaneceu por um ano. Lá lecionou na Vila Alpina. Em 1973, Corrêa Neves resolveu se radicar em Franca. Comprou o jornal Comércio da Franca, de Alfredo Costa. De início, Sônia não se envolveu com o jornal. Continuou no magistério, prestou concurso público e passou quase dez anos lecionando e cuidando dos dois filhos, Júnior e André. Em 1982 pediu exoneração e foi para o jornal, que então passava por uma fase difícil. Com mais de 35 anos à frente do jornal, Sônia é a diretora mais longeva do Comércio da Franca. Sônia Machiavelli foi casada por 32 anos com Corrêa Neves, tem 2 filhos, Corrêa Neves Júnior e André Luís Corrêa Neves; e dois netos - Júlia Ribeiro Corrêa Neves e João Toledo Franchini Corrêa Neves.
Corrêa Neves Júnior | gestão de 1992 A 2016
Corrêa Neves Júnior herdou o nome e a profissão do pai. Criado em meio a papel, tinta, impressoras, gráfica, redação, logo cedo, aos 19 anos, tornou-se jornalista. Trabalhava com o pai, mas não era fácil. Aos 20 anos foi demitido. Procurou emprego na área e foi trabalhar na Folha de S. Paulo, em Ribeirão. A experiência em outro veículo valeu, mas foi breve. Logo ele voltou para o jornal da família. Seu pai havia sofrido um infarto e o editor Sidnei Ribeiro também não estava bem. O jornal precisava de alguém para fazer o fechamento e foi nesse cenário que Júnior desembarcou novamente no Comércio. Mais uma vez brigou com o pai, mais uma vez foi demitido. Decidiu, então, fundar a revista Atual. A publicação circulou por 18 meses e ia bem, mas o pai o chamou de volta e ele retornou ao Comércio, dessa vez, definitivamente. Desde então, Júnior fez de tudo no jornal: foi repórter, redator, editor e, aos poucos, foi assumindo a responsabilidade pela redação do jornal. Com a morte do pai, em 2005, Júnior assumiu o controle geral.
Empreendedorismo e paixão são palavras que definem Júnior. E, ao assumir o jornal, isso veio à tona de maneira absoluta. Ele idealizou e colocou em prática a integração rádio-jornal, então inédita no Brasil. A rádio era a Difusora, aquisição feita nos últimos meses de vida de seu pai. Esse foi o primeiro passo para a criação do GCN, um aglutinado de empresas de convergência de mídias, até então também inédito no País. Foi na gestão de Júnior que o grupo inaugurou, em 2007, a nova sede, num espaço de 4 mil metros quadrados que abriga jornal, rádio e portal.
Em que pese seu envolvimento cada vez maior com a parte administrativa do grupo de comunicação, Júnior não tirou os pés da redação. Ele assina a coluna Gazetilha, no Comércio, e é comentarista do programa Hora da Verdade, da rádio Difusora. Mas a vida política o afastou da direção do jornal. Júnior foi eleito vereador em outubro de 2016 e, pelo tempo de mandato, ficará fora da direção do Comércio. Júnior é casado com a advogada Milena Toledo Franchini e são pais de João. A primogênita do jornalista, Júlia Ribeiro Corrêa Neves, filha do primeiro casamento, tem hoje 18 anos.
O afastamento de Júnior da direção do GCN provocou uma mudança nas principais posições de comando da empresa. Veja, ao lado, como ficou a nova configuração.
Joelma ospedal e rodrigo henrique | (2017 - GESTÃO ATUAL)
A vitória de Corrêa Neves Júnior nas urnas, em outubro de 2016, levou a mudanças profundas na estrutura de gestão do Comércio. Diretor executivo do jornal desde 2005, Júnior dava a palavra final em questões editoriais, administrativas e estratégicas. Eleito vereador, decidiu afastar-se de todas as funções gerenciais antes mesmo de tomar posse. Desde dezembro de 2016, está licenciado da direção do Comércio.
A responsabilidade da área editorial foi delegada a Joelma Ospedal, profissional experiente com uma trajetória de 20 anos na redação do Comércio, onde ingressou como repórter. Aos 44 anos, a então editora chefe foi promovida a diretora responsável, cargo máximo na hierarquia editorial. Tem sob sua responsabilidade tudo que é publicado pelo Comércio, pelas revistas Morar, Casar, Top, Aniversário de Franca e também pelo conteúdo fornecido ao portal GCN, hoje uma empresa independente. Casada com Alessandro Macedo, Joelma Ospedal tem um filho, Pedro, de 13 anos.
Na área operacional, as funções de Júnior foram primeiramente absorvidas por Dulce Xavier, então diretora administrativa. Aos 49 anos, Dulce acumulava 31 anos de empresa quando assumiu o principal cargo executivo, ainda em outubro, durante o processo eleitoral. Experiente e muito focada, coube a Dulce Xavier a missão de conduzir a empresa num de seus momentos mais difíceis, em razão da retração do mercado editorial em consequência do agravamento da crise político-econômica no Brasil. Casada com o artista plástico Geraldo Louzada, Dulce tem dois filhos, Matheus e Ana Flávia.
Desde o último mês de maio, um importante reforço se somou ao time de profissionais do Comércio. Rodrigo Henrique de Oliveira, um dos mais conceituados executivos de vendas do interior paulista, voltou ao jornal após um breve afastamento de cinco meses.
Outro profissional com muitos anos de casa, Rodrigo acumulava 23 anos de Comércio quando se desligou no mês de dezembro do ano passado. Principal estrategista da vitoriosa campanha de Gilson de Souza (DEM), Rodrigo deixou o jornal para assumir a função de Coordenador de Assuntos Legislativos e trabalhar junto ao prefeito no gabinete. Inquieto e acelerado, Rodrigo Henrique não se adaptou ao ritmo lento e à burocracia do poder público. Em abril, resolveu deixar o governo. Pesou na sua decisão a gravidez de sua mulher, Nanda Bel, filha do prefeito Gilson de Souza - ainda que não fossem casados à época, pois poderia haver a acusação de ‘nepotismo’.
Às vésperas de completar 40 anos, Rodrigo aceitou o convite de Corrêa Neves Júnior para retornar ao Comércio. Desta vez, na posição de diretor executivo no lugar de Dulce Xavier, que segue na empresa. À frente de um grupo de investidores, assumiu a principal função administrativa do Comércio em maio. Trouxe, além da vasta experiência na área comercial, também os recursos necessários para que o jornal atravessasse o período de turbulência. “Tenho paixão pelo negócio jornal, que é onde passei boa parte da minha vida. Conheço a força do Comércio e sei que ainda temos muita história para contar”, costuma repetir, com entusiasmo, o sempre acelerado Rodrigo Henrique. “Completamos apenas os primeiros cem anos. Vem muito mais por aí”, diz. O primeiro filho de Rodrigo e Nanda, Lorenzo, nasce entre julho e agosto.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.