Ser testemunha da história, presenciar tragédias, relatar dramas, dor, a legrias e sofrimentos exige muito controle emocional. Muitas vezes, é impossível o jornalista não se sensibilizar com a dor e sentimentos dos personagens.
São muitas vidas perdidas, planos interrompidos, conquistas, derrotas, superações, reencontros. Nas próximas linhas, você vai ter alguns dos muitos exemplos dos dias em que as lágrimas se misturaram à caneta e ao bloco de anotação.
1 - Sonhos que ficaram na curva da morte
Numa noite de maio de 2002, um ônibus com 30 jovens estudantes deixou Franca com destino a Sacramento. No trecho conhecido como “curva da morte”, próximo a Rifaina, o veículo caiu na ribanceira. Dezenove universitários, a maioria da Unifran, além do motorista, morreram na hora. Acompanhar os resgates, ouvir os gritos de dor, pedidos de socorro, desespero dos familiares e amigos e, mais tarde, ver os corpos nas mesas do IML foram cenas marcantes que jamais sairão de nossas mentes.
2 - Quando um dos nossos se vai
Contar que alguém morreu é sempre uma missão difícil. Imagine, então, quando o personagem é um dos nossos. No dia 18 de agosto de 2005, fomos chacoalhados com a notícia da morte de Corrêa Neves. O Comércio perdia o seu grande líder, e Franca, uma parte de sua história. Tivemos que ser muito fortes para escrever que o homem responsável por revolucionar o setor de comunicação na cidade e transformar o Comércio numa referência, havia nos deixado.
Em abril de 2014, nova pancada no peito. O radialista Daniel Teodoro Rodrigues havia perdido a batalha para o câncer. Morria jovem, aos 42 anos. Profissional querido por todos da equipe, homem sempre alegre, companheiro pra todas horas, marido e pai de família apaixonado, Daniel só fez amigos por onde passou. Três anos depois da sua morte, seus colegas de redação ainda se entristecem ao lembrar da sua partida.
3 - Irmãs se reencontram no GCN 24 anos após tragédia
Para encerrar, uma história emocionante, recente e de grande alegria. Uma das que mais deram prazer de contar. Em julho de 1993, uma tragédia separou cinco irmãs que tinham entre um e nove anos. O pai delas matou a mãe a machadadas e se enforcou. Cada criança tomou um caminho diferente e ficaram sem se ver por 24 anos. No dia 10 de junho deste ano, as cinco irmãs se reencontraram pela primeira vez após a tragédia. A sede do GCN foi o palco do encontro. Neste caso, as lágrimas foram de felicidade.
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