Prestes a completar 50 anos de existência, a Francal está mais que consolidada como uma das feiras calçadistas mais importantes do mundo. Pelos corredores lotados do Expo Center Norte, onde o evento é realizado este ano, é possível escutar diferentes sotaques e idiomas. Para esta edição, foram convidados importadores de 20 países e caravanas de 17 cidades do país, num total de 600 lojistas. Ainda assim, é constante a atenção aos problemas para que a feira fique melhor a cada ano e, para 2018, a data da Francal é uma questão a ser avaliada.
Entre os expositores que estão pela primeira vez ou que passaram muito tempo sem expor na feira, o clima é de satisfação. Além de comemorar a realização de novos contatos, há quem garanta que os negócios fechados já cobriram os custos gastos na feira. É o caso do diretor da Camila Venturini, José Carlos da Silva. "Consegui contatos e visibilidade, abri 15 clientes novos. E todo o investimento que fizemos no estande e aqui na feira está retornando para nós."De outro lado, há quem tenha mais dificuldade para cobrir os custos que participar da feira exige e que aponte que o número de visitantes está abaixo do esperado.
A DATA
Entre os problemas citados, os dias escolhidos para promover a feira, são uma unanimidade. Os organizadores têm uma difícil missão para os próximos anos: rediscutir a data com os expositores. Há quem acredite que a Francal deveria ser realizada em maio, outros em agosto. Mas este não é um problema de fácil solução, pois em maio é realizado o SICC (Salão Internacional do Couro e do Calçado) e, em novembro, a feira Zero Grau. Ambos em Gramado, no Rio Grande do Sul, acabam por antecipar os lançamentos primavera/verão e outono/inverno.
Confira, na opinião dos calçadistas de Franca, o melhor e o pior da feira:

Valter Cintra, diretor
Rafarillo
O melhor: O contato com vários clientes e a possibilidade de mostrar a eles a coleção completa. Quando o vendedor vai fazer o contato com o cliente, ele não tem como levar toda a coleção, apenas alguns dos seus produtos
O pior: A data escolhida para a feira. Para ele, o ideal seria realizar a Francal em agosto.

Jean Cesar, diretor
Anatomic Gel
O melhor: Os clientes que visitaram o estande, gostaram do que viram e efetivamente fecharam negócios
O pior: A baixa visitação que, segundo ele, chegou a ser muito maior em anos anteriores. Principalmente até 2014.

Adilson Pimenta, diretor
Villione
O melhor: A abertura de novos contatos e o momento ideal para fechar novas parcerias.
O pior: A data. Com a realização de outras feiras no país, ele acredita que a data da Francal precisa ser repensada. Segundo ele, a melhor data é maio.

Jairson Franchini, diretor
Radamés
O melhor: O número de importadores que visitaram o estande deixou a todos muito satisfeiros.
O pior: A data e, principalmente, ter começado no domingo.

Andrew Caetano, gerente de marketing
Sapatoterapia
O melhor: O número de importadores que visitaram a empresa e fecharam negócios. Segundo ele, o estande recebeu visitantes de vários países da América do Sul, como Bolívia e Panamá.
O pior: A data. Apesar de não ter uma sugestão para uma nova data, Andrew acredita que está é uma questão que precisa ser reavaliada.
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Luciano Ferreira, gerente comercial e Rogério Rocha, diretor
Foot Way
O melhor: Os contatos realizados, a oportunidade de conhecer novas pessoas, mesmo que as vendas não sejam efetivadas durante a feira.
O pior: Para ele, o custo é alto. "Isso complica um pouco nossa vinda. Ainda mais quando as vendas não são intensas”

Vinicius Barbosa, Gerente Comercial
Balatore Shoes
O melhor: Na Francal pela primeira vez, Vinícius está feliz com o resultado. "Nossa ideia era aparecer para o mercado nacional e importadores, isso está acontecendo. Além das vendas esse contato é muito importante para nós”
O pior: não tem

Paulo Geminiano, gerente de vendas
Cotton & CO.
O melhor: O volume de clientes de médio e pequeno porte, segundo ele, foi muito bom.
O pior: O custo para participar da feira. "Um dos nossos problemas foi sempre o custo para a exposição da feira, já que esse sempre foi um preço alto.”

José Carlos da Silva, diretor
Camila Venturini
O melhor: Estreante na Francal, a empresa só tem motivos para comemorar. Abriu 15 novos clientes nos três primeiros dias de feira. "Todo o investimento que fizemos no estande e aqui nafeira está retornando para nós."
O pior: Não apontou ponto negativo.

Paulo Peres, representante comercial
Álbarus
O melhor: Não conseguiu citar
O pior: O custo. Para ele, é preciso reavaliar os preços cobrados na feira, desde a comida até o estacionamento. Além disso, a situação política do país não ajuda a negociar as exportações, que os importadores não sentem segurança no país.
Colaborou: Jéssica Reis
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