Reforma já!

A corrupção marca o atual cenário político e empresarial brasileiro. Já está se tornando “banal”, comum, as divulgações quase que diárias, sobre novos escândalos revelados que

20/06/2017 | Tempo de leitura: 2 min

A corrupção marca o atual cenário político e empresarial brasileiro. Já está se tornando “banal”, comum, as divulgações quase que diárias, sobre novos escândalos revelados que comprometem a nossa vida em sociedade. Na realidade estamos vivenciando, podemos dizer, “O Estado do mal-estar social”, pois a corrupção e a violência social prevalecem em nosso dia a dia. 
 
Além das questões éticas e morais outro ponto que influência fortemente os desvios e a corrupção é a chamada busca pela “governabilidade”, (já comentadas por diversas vezes), seja na esfera federal, estadual e municipal, ou seja, os Chefes do Poder Executivo buscam de todas as formas conseguir uma maioria no Poder Legislativo, aglutinando forças políticas heterogêneas por meio de oferecimento do controle de cargos públicos, liberação de verbas para seus aliados independentemente da necessidade ou não de tais recursos. A estratégia de construir uma maioria parlamentar governista por intermédio de “trocas” com os Partidos, ao mesmo tempo em que pode trazer segurança na tramitação de projetos do Poder Executivo, significa também o início de seu calvário, pois passa a ser refém dessa estratégia, pois tudo sempre dependerá de negociações para ser aprovado ou reprovado nas Casas Legislativas.
 
Diante de tal crise institucional é necessária mudança radical na forma de fazer política em nosso país. Porém, mesmo diante do clamor das ruas no ano de 2013, quando foram prometidas as mudanças políticas necessárias, até o momento, às vésperas das eleições de 2018, quase nada foi alterado. Para que novas regras sejam válidas para as eleições do ano de 2018, as mudanças devem ocorrer até um ano antes, ou seja, até o final de setembro de 2017. O relatório apresentado pelo relator da Comissão Especial da Reforma Política na Câmara dos Deputados, deputado Vicente Cândido (PT-SP), no entanto, para nós analistas, não é satisfatório, nos parecendo mais uma negociação para manter os mesmos privilégios, e preservando os “donos dos partidos”, no poder. Nesse momento crítico é de fundamental importância que alterações busquem formas de aproximar o eleitor de seus representantes e não o contrário como querem através da imposição de listas fechadas com nomes determinados pelos Partidos.
 
Enfim, quatro anos se passaram e as manifestações ocorridas somente pressionaram a classe política num primeiro momento, pois o tema passou a ser “cozido em água morna” e foi estrategicamente colocado em segundo plano em razão das denúncias de corrupção. Entidades que detém a possibilidades legais e financeiras para mobilizar e apresentar-se diante do Congresso Nacional e exigir tais mudanças. Só falam e não agem efetivamente como deveriam. Isso é Brasil!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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