Já estamos cansados! Daqui a pouco ouviremos que foi deflagrada a “centésima fase” da Operação Lava Jato. O problema é que de tão comum tudo já está passando a ser normal e rotineiro. Anos atrás quando começamos pesquisar uma nova forma de vida em sociedade, afirmando que a forma “democrática” atual estava em declínio acentuado e que não conseguia mais dar respostas aos anseios dos cidadãos, fomos criticados por muitos, inclusive dentro da área acadêmica. Sempre é assim quando se propõe alguma mudança. Os fatos porém estão aí e confirmam que a democracia atual, há décadas foi “capturada” pelo poder econômico e deixou de defender o interesse público para dar atendimento aos interesses individuais.
Desculpem-nos, mas no nosso planeta não há órgão internacional com credibilidade e autoridade capaz de implantar legislação que controle o fluxo de capitais, exterminando os chamados “paraísos fiscais”, onde o dinheiro de crimes contra a sociedade são escondidos e mantidos sob proteção, sem nenhuma possibilidade de monitoramente prévio dos órgãos de controle.
Obviamente que não temos espaço para um debate mais aprofundado, mas a verdade, para nós, é que o desmonte do Estado está claro e evidente. Todos os passos dados demonstram claramente que o Estado brasileiro que deveria, em tese, combater desigualdades, prestar serviços públicos de qualidade e formular políticas públicas de interesse social, se volta prioritariamente a honrar “seus compromissos” junto aos credores das dívidas interna e externas.
O mais triste de tudo é vermos que entidades e confrarias que antes, sem alarde, conseguiam defender a sociedade, hoje também foram capturadas por pessoas que as compõem, muito mais interessadas em se servir do que servir a sociedade. Basta ver no Congresso Nacional quantos poderiam estar sendo cobrados pelas suas “entidades” para a busca de Um Novo Estado!
Delação premiadíssima: Ficamos satisfeitos com a repercussão do artigo da semana passada. Obviamente sempre respeitando o direito a livre opinião de todos sobre suas convicções. Concordamos que se não fosse assim o Estado não conseguiria provas. Realmente um Estado que sequer conseguiu seguir um carro pelas ruas de São Paulo, que tinha uma mala de dinheiro “supostamente” rastreada, não iria conseguir nada. Mantemos nossa opinião de que os empresários “bandidos” se deram muito bem, pois “saíram no lucro” contra um Estado fraco, que sequer consegue investigar! Agradecemos a leitura e os comentários.
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com
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