Reforma política

Os últimos presidentes brasileiros, todos, apresentaram em suas plataformas de campanha a reforma política como ponto essencial,

18/04/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Os últimos presidentes brasileiros, todos, apresentaram em suas plataformas de campanha a reforma política como ponto essencial, porém nenhum concretizou o que os cidadãos brasileiros almejam. Em 2013, após as manifestações populares, que chegou às portas do Congresso Nacional, assustando a classe política, foi prometido que a reforma política se daria através de consulta popular, um plebiscito. O tempo passou e a classe política foi “cozinhando em fogo baixo” a população, que sem perceber passou a aceitar as manobras de políticos profissionais e reformas mesmo somente aquelas que interessam aos Partidos Políticos e seus dirigentes, como é o chamado voto em lista fechada, onde a eleição passa a ser indireta, ou seja, é inconstitucional, pois a nossa Constituição prevê o voto direto.
 
A verdade, caros leitores que nos acompanham, é que a reforma política que a população cobra e quer de longa data, é aquela que nós participaríamos e chancelaríamos as mudanças propostas através de plebiscito, votando cada ponto da reforma, podendo aprovar alguns pontos e desaprovando outros. Nós não queremos uma reforma de “cima para baixo” onde o poder permaneça nas mãos de deputados e senadores que estabelecem as mudanças conforme seus interesses.
 
Temos divulgado e recebemos apoio para que as eleições sejam intercaladas uma para o Poder Executivo (Presidentes, Governadores e Prefeitos) e outra para o Legislativo (Senadores, Deputados Federais e Estaduais e vereadores), para que assim não haja ligação em campanhas e falta de fiscalização posteriormente. Defendemos também o fim da reeleição por mais de dois mandatos para o mesmo cargo político, igualmente defendemos que ocupante de cargo eletivo que queira se candidatar a outro deva renunciar ao cargo ocupado, por exemplo, deputado que se candidatar a governador terá que renunciar ao cargo de deputado, dentre outros pontos. Enfim, acreditamos que o povo é que tem que exigir as mudanças almejadas e não somente assistir a manutenção de uma classe política, em sua maioria, comprometida com interesses outros.
 
Odebrecht: Nos vídeos das delações divulgados, todos tentam afirmar que os milhões movimentados era caixa dois e não corrupção. Querem uma pena mais branda. A verdade é que tudo é corrupção e a pena tem que ser rápida e exemplar caso contrário o Judiciário perderá a sua credibilidade e todo trabalho do Ministério Público estará perdido. A propósito as negociatas eram só com a Odebrecht? E as outras empreiteiras são “santas”?
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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