
Atualizado às 19h35
Três anos após o crime que chocou a cidade pelo grau de violência, a assassina prestou contas com a Justiça nesta quinta-feira. Paloma Martins Bastos foi julgada e condenada a 14 anos de reclusão por ter assassinado a aposentada Ana Cecília Macedo, 69, que foi morta degolada.
Responsável pela acusação, o promotor Odilon Nery Comodaro pediu aos jurados que ela fosse condenada por homicídio duplamente qualificado. “Ela matou por motivo banal e utilizou meio cruel”. Ele exibiu no plenário o vídeo de entrevista que Paloma concedeu ao GCN, no dia da prisão, em que ela contou detalhes de como matou Ana Cecília. O relatou chocou jurados e as pessoas que assistiam ao julgamento.
O advogado Ciro Fernandes Sanches pediu aos jurados que derrubassem as qualificadoras do crime - motivo fútil e meio cruel - e que Paloma fosse condenada por homicídio privilegiado, que resulta em uma pena menor. Ele alegou que o pivô do crime foi o amante dela e que sua cliente agiu sob forte emoção. “A Paloma não é essa facínora que a mídia e o Ministério Público estão pregando. Ela não é esse monstro como foi criado. Ela também foi vítima, vítima de um ritual de magia negra, em que recebeu várias agulhadas de Ana Cecília, e sofreu injusta provocação. Foi xingada pela idosa”.
Paloma, que chorou diversas vezes durante o júri, foi condenada a 14 anos, sendo 13 pelo homicídio e um pelo furto de um celular da vítima. Ela continuará presa em Tremembé, onde está desde o início, e não terá o direito de recorrer em liberdade. “Se ela ficasse na cadeia de Franca, mesmo em cela separada, daria confusão, pois nem mesmo as presas admitem o tipo de crime que ela cometeu”, concluiu o promotor.
Assista a entrevista concedida por Paloma à época do crime. A frieza deixou os francanos indignados. Veja:
A vítima Ana Cecília Macedo
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