Enfim, inicia-se 2017

Dizem que no Brasil o ano só inicia após o Carnaval. Pois bem, passados os dois primeiros meses do ano, percebemos em 2017 que a economia,

07/03/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Dizem que no Brasil o ano só inicia após o Carnaval. Pois bem, passados os dois primeiros meses do ano, percebemos em 2017 que a economia, apesar da continuidade da recessão, dá sinais de recuperação. A inflação está em níveis mais baixo que 2016, porém o desemprego continua.
 
O nosso grande problema é político/jurídico, ou seja, temos um governo que não passou pelo voto direto para Presidente, tendo chegado pela Vice-Presidência de uma chapa que está sendo processada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder econômico e político durante a campanha eleitoral de 2014 pelo recebimento de dinheiro através de caixa dois (dinheiro não declarado). Em síntese, o TSE já tem elementos suficientes para pedir a cassação da chapa Dilma-Temer vitoriosa na eleição presidencial de 2014. Nesse caso o grande problema, para nós brasileiros, é que já está em curso “manobras” de bastidores para protelar o julgamento da chapa Dilma-Temer, pois adiando a decisão, o governo Temer terá condições de nomear novos ministros do TSE em substituição aos que deixarão o Tribunal. E aí, já conhecemos a história, pois ninguém coloca (indica) “cobra que poderá lhe picar”. 
 
Resumindo podemos dizer que o ano de 2017, politicamente, inicia-se pior que o ano findo, pois conforme vão sendo revelados depoimentos, mais e mais políticos vão sendo arrolados, ou seja, a recuperação da credibilidade que esperávamos não ocorreu, nem está ocorrendo, muito pelo contrário há uma desagregação, um verdadeiro “salve-se quem puder”. 
 
Esperamos que o Judiciário tenha agilidade necessária para que tal crise institucional não se prolongue pelo resto do ano.
 
ANISTIA AO CRIME DE CAIXA DOIS: Por mais que tentem, não há como negar a existência de políticos, que já alcançados pelas investigações da operação lava-jato, trabalham “nos bastidores” para burlar, protelar e não serem alcançados pela justiça. O meio político brasileiro está em pânico, pois se nos Governos estaduais e federal realmente forem condenados os envolvidos, sobrará um percentual ínfimo de políticos totalmente isentos de responsabilização. Sempre defendemos que igualmente a condenação de pessoas jurídicas, os partidos políticos também deveriam ser alcançados pela lei, visto que são as direções partidárias que articularam e articulam todo esse “mar de lama” que nos enoja e envergonha!
 
O IMPOSTO DE RENDA : Continua sem correção da tabela de isenção! Que país é esse? E ainda tem a audácia de se intitular Estado Democrático de Direito!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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