O jaó é uma ave também conhecida como macucauá e sururina. Seu corpo tem formato bastante semelhante ao das galinhas. Mas, ao contrário delas, não cisca atrás dos alimentos. Procura sua comida com o bico.
Sua plumagem é cinza-amarronzada, estriada no dorso. Suas pernas são esverdeadas. É comum avistá-la em regiões do Brasil Central e grande parte da Amazônia. Pertence a uma das mais antigas famílias de aves do continente sul-americano.
Com 31 centímetros de comprimento, pode-se dizer que o jaó, embora maior que grande parte dos passarinhos, desloca-se sem fazer barulho. Seu nome deriva de um longo pio, assobiado e levemente triste, que emite mais no período reprodutivo. Ou seja, quando os casais se procuram para acasalamento. Mas é bom dizer que só quem canta é a fêmea. Neste período, o pio serve para demarcar a área de habitação. Cabe ao macho a construção do ninho, o choco (17 dias) e a criação dos filhotes. Os ovos, quase esféricos, são muito coloridos (rosa-claro ou cinza-claro) e exibem brilho de porcelana. São muito procurados pelas crianças.
Para quem ouve o som “dó, dó, doó”, o jaó parece dizer: “Eu sou jaó.” Daí a alcunha. Quando o nome de uma ave é a reprodução de seu canto, chamamos a isso “onomatopeia”. O jaó, embora possa voar, não consegue fazê-lo continuamente. Geralmente usa as asas como o último recurso de fuga. Seu voo contudo é sempre curto.
Come pequenos frutos que caem no chão, moluscos e insetos, que procura exclusivamente com o bico sob as folhas da mata.
Ele vive nas regiões Norte, Nordeste, Centro-oeste de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Também é avistado na Venezuela, Guiana Inglesa, Colômbia, Peru, Paraguai e Argentina.
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