Insegurança rural

No final de semana tomamos conhecimento de furto ocorrido em nossa zona rural, onde foram subtraídos tudo o que encontraram

20/12/2016 | Tempo de leitura: 2 min

No final de semana tomamos conhecimento de furto ocorrido em nossa zona rural, onde foram subtraídos tudo o que encontraram na residência, além de frangos, galinhas, perus etc., que foram criados para serem comercializados nas festas de fim de ano. Conversando com os moradores, sentimos a insegurança que domina toda área rural, não só aqui, mas em todos os Estados do Brasil. As autoridades, apesar de não reconhecerem, praticamente extinguiram a patrulha rural que fazia um excelente serviço. Ratificando que não é culpa do comando local, mas sim dos governantes que não contratam policiais em números suficientes e muito menos disponibilizam equipamentos, tais como veículos, comunicadores e armamentos. A propósito muitas das viaturas que vêem para o interior são originadas do sucateamento das utilizadas nas capitais dos Estados.
 
Obviamente que não conseguiríamos aqui abordar todo assunto, mas ouvindo os moradores do caso acima narrado, disseram-nos que as autoridades sugeriram que se fizesse uma rede de telefones entre os moradores para que assim um informasse ao outro sobre qualquer movimentação suspeita, com o que concordamos, porém as autoridades se esqueceram que a telefonia não funciona na maioria da zona rural local!
 
Os dados estatísticos demonstram aumentos constantes das ocorrências, muito embora não condiga com a realidade, pois muitas vítimas não fazem Boletim de Ocorrência, ou seja, não acreditam que o Estado irá lhes defender e garantir a sua posterior proteção em razão da denúncia e do reconhecimento dos autores.
 
Ouvimos que moradores da zona rural que possuem armas e sabem manuseá-las não são visitados por bandidos! Será coincidência, ou bandido tem medo daqueles que podem se defender? Além do mais, afirmam que depois da lei do desamamento se tornaram reféns da criminalidade. Assim, está em franco crescimento a campanha de que o produtor rural tem o direito universal de se defender de agressão em sua legítima defesa, através de armamento. A legislação tem que se adaptar, pois o médio e pequeno produtor não possui condições financeiras para adquirir uma arma e realizar todo trâmite para estar legalizado. Igualmente ela não pode ficar restrita a residência da propriedade, o produtor deve ter o direito de andar com ela por toda sua propriedade. Ora, hoje se um bandido está matando um gado no pasto e o produtor for lá e der um tiro de advertência ele é que será processado. Coisas do Brasil!
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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