
Morreu às 11 horas da sexta-feira, 4 de novembro, no Hospital São Joaquim/Unimed, a senhora Luzia Magalhães do Nascimento, conhecida d. Iza, aos 72 anos. Vinha em tratamento desde 26 de março, após sofrer AVC isquêmico. Nas semanas seguintes, apenada por embolia pulmonar e sequente pneumonia, voltou a internações. Em meados do mês passado, alimentando-se por sonda, teve diagnóstico de indispensável adequação alimentar e foi novamente internada mas seu organismo já emitia sinais de grande fragilização. ’Na véspera da morte, já respirava com dificuldade. Não ultrapassaria o meio do dia seguinte, apesar de todos os cuidados que médicos da Unimed, especialmente a dra. Fabiana Fadel, e corpo de enfermagem lhe dedicaram’, disse o marido, Brivaldo Araújo.
Chegava ao final casamento de 49 anos que Brivaldo e Iza iniciaram em João Pessoa, na Paraíba, Estado natal de ambos. ’Conheci minha mulher na escola. Sempre me encantei com seu recato, educação, dedicação ao estudo. Tivemos três anos entre namoro, noivado e casamento. Ela foi a mais importante incentivadora de minha vida, mãe e avó inesquecível. Faríamos Bodas de Ouro em setembro do próximo ano’, disse seu viúvo.
Do enlace, quatro filhos (Sandra, casada com Luís Henrique Carvalho, ambos, cirurgiões dentistas; Alexsandra, fisioterapeuta e acupunturista, diretora de clínica em Franca, casada com José Célio de Almeida, executivo do mercado imobiliário; Micheline, administradora de empresas, ela que se dedicou, nos últimos anos e em tempo integral, a cuidar da mãe; e Brivaldo Kléscio, diretor da Loja Super Gê, casado com Marina Lélis), e quatro netos (Isadora, Vinícius, Caiê e Nicole).
Em 1975, Brivaldo encerrou negócios de vestuário e calçados que tinha no Nordeste e, convidado pela Confecções Guararapes, se tornou franqueado para estabelecer loja onde quisesse. Escolheu Franca - a cidade era a capital do calçado e o comerciante enxergava possibilidades reais de crescimento. A família veio com ele, inclusive, Maria Valentina, que tinha trabalhado na manutenção da casa dos pais de Iza, e com eles continua ainda hoje, quase 50 anos passados.
Estabeleceram a loja Super Gê na esquina das ruas do Comércio e General Telles. A empresa continua, hoje ’tocada’ pelo filho Brivaldo Kléscio. Brivaldo pai, mérito do trabalho, passou a integrar o antigo Clube, hoje Câmara dos Dirigentes Lojistas de Franca, e permanece compondo a direção até hoje. Na ocasião em que presidiu a entidade, Iza geriu os negócios. ’Ela tinha tino comercial e grande capacidade de fazer clientela nova. Aprendi muito com ela’, disse o marido.
Investiu, também, em novos negócios. Abriu ’A Garota do Rio’ e, por quatro anos, vendeu moda feminina. Estava, porém, na gastronomia, seu sonho. ’Sempre foi grande cozinheira. Quando resolveu aprender mais, foi fazer curso internacional em São Paulo. Aos 65 anos, ingressou na Unifran e alcançou o título de bacharel. O interessante é que, com ela, levou a neta Nicole, a fazer o mesmo curso. Em sala de aula, a menina a chamava de ’vó’, e os outros estudantes também a trataram assim’, contou Brivaldo. ’Por anos, formou garçons e maîtres mas, felizes de nós, seus familiares, era em casa que ela exercitava seus dons. Ficamos todos gordinhos’, completou, emocionado, o empresário.
Outra marca de Iza foi a dedicação a manter a família unida. ’Nos domingos, era dia de encontro para o almoço. Domingo último encontramo-nos para manter a tradição, mas foi muito difícil. Ela não estava lá’, afirmou seu viúvo.
No velório, muitas coroas de flores atestavam a grande rede de relacionamentos que Iza construiu. ’Lá estiveram, saudando sua passagem pela Terra, representante da comunidade espírita, irmãs da Catedral N.S. da Conceição e o padre católico. Também, dois pastores, Jesiel e Elizeu, da Assembleia de Deus ’Nova Visão’, da Santa Terezinha, nos emocionando ao cantarem ’Dai-nos um coração igual ao teu’, que ela amava, e que, em visita feita a nós há algum tempo, gravaram em pendrive, a pedido dela. Foi companheira fiel, amiga, amante, compreensiva, incentivadora. Nos fez crescer. Seus exemplos haverão de nos consolar daqui em diante’, concluiu Brivaldo Araújo.
Velório foi realizado no São Vicente de Paulo. Sepultamento, com serviços da Funerária Nova Franca, aconteceu no Cemitério Parque Jardim das Oliveiras, dia 5, às 10 horas.
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