Segundo o site G1, o crime foi descoberto um mês depois e o único suspeito apontado era François, sobrinho de Marcos, que retornou para o Brasil após os corpos serem encontrados. A publicação destaca que há 10 dias François voltou a Madri e confessou o crime, mas alegou não se lembrar de como matou a família. A troca de mensagens entre ele e o amigo Marvin Correa, de 18 anos, de João Pessoa, na Paraíba, desmentem o rapaz.

 

A Marvin, François diz que já havia matado Janaína e as duas crianças. "Tô só esperando o quarto integrante", escreve François. "Queria imaginar a cena. Você chegando para matar. 'kkkkkkk'", responde Marvin. "Cheguei com duas pizzas, conversei um pouco", continua o suspeito. "Quem você deu uma facada primeiro? A mulher?", questiona o amigo. "Na mulher. Depois a mais velha, de 3 anos. Depois o moleque de 1 ano", responde François.

 

Marvin foi preso na sexta-feira, dia 28. Para o Ministério Público, Marvin participou do crime, mesmo à distância. "Ele colaborou, ele auxiliou mentalmente... se fosse uma pessoa que não concordasse com essa situação, com certeza ele já tinha bloqueado, já tinha parado a história ali. Ou tinha aconselhado o amigo, 'pare meu irmão, vamos parar por aí, olha o que você está fazendo, é um familiar seu'", afirma Ronaldo Nóbrega, delegado da Polícia Civil.

Em uma das mensagens, enquanto François aguardava a chegada do tio, Marvin o incentiva. "Concentra, não falhe. Boa sorte", escreve o amigo. "Ao menos fiz tudo de luvas, não tem impressões", cita François. Além de contar ao amigo como cometeu o crime, o suspeito envia fotos dos familiares mortos. "As conversas são chocantes. Inclusive com detalhes e imagens bem fortes", aponta o delegado da Polícia Federal, Gustavo Barros.

As mensagens foram descobertas depois que Marvin emprestou o celular a um amigo, que viu a conversa e compartilhou o material na internet, chegando ao conhecimento da polícia. François está em um presídio a 40 km de Madri.