
’Era capaz de transformar a vida de tantos quantos viesse a conhecer. Certamente foi muito bem recebida por Deus’
Morreu aos quinze minutos do dia 14 de outubro, em sua casa, a professora aposentada e matriarca de conhecida e respeitada família claravalense/francana, Benita Sad Bachur, aos 79 anos. Há 14 meses, passou a conviver com súbitas quedas de pressão. ’Preocupamo-nos muito. Exames apurados a diagnosticaram com Hipotensão Postural, síndrome que lhe garantia pressão sempre normal quando estava deitada, mas, de pé, gerava desconfortos musculares que lhe causavam as súbitas e antes inexplicáveis quedas de pressão e pequenas perdas de consciência. Somados estes desconfortos à idade e diabetes, seu organismo se debilitou nos últimos meses, mas ela enfrentou tudo com paciência e resignação. Quando, na madrugada do dia 14, teve mais um perda de consciência, julgamos que seria rápida, como em ocasiões anteriores, mas, infelizmente, parada cardiorrespiratória grave a levou de nós. Sabíamos da finitude dela. Um dia, a tristeza de sua perda que nos consome hoje, haverá de se tornar alegria, porque as boas lembranças de nossa convivência suplantarão tudo’, disse o filho José Ronaldo.
Deixou, viúvo, depois de 60 anos de feliz e bem vivido enlace, Assumeni Bachur, diretor da Casa do Alumínio, tradicional empresa francana. Do casamento deles, ocorrido no mosteiro de Claraval — o família foi determinante na história do mosteiro, desde a construção, e jamais perderam proximidade com os frades — nasceram quatro filhos (José Antônio, médico, casado com Silvia Augusta; José Maurício, professor, casado com Ana Cláudia; José Luiz, aposentado; José Ronaldo, advogado e corretor, casado com Maria Cecília), e oito netos.
’Somos típica família árabe. Papai teve sete irmãos — Jorge, da Comercial São Gabriel, casado com Geralda; Leila, viúva de Aparecido Salomão, da Comercial Irmãos Salomão; Wattifa, a Fá, viúva do ex-funcionário público da Prefeitura de Franca, Jorge Miguel; Rugina, a d. Fiinha, viúva de Afifo Salomão; Nage, também da Comercial São Sebastião, casado com Elizabeth; o médico Felipe Bachur, casado com Maria do Rosário; e o saudoso dr. Magid, casado com Vânia Mara — e, como não poderia deixar de ser, estivemos todos muito próximos em cada momento de nossas vidas. Mamãe se tornou personagem da vida familiar, tratada como Madrinha, Tia e Vó Benita, e conquistou espaço no coração de todos. Além de professora do ensino fundamental, foi costureira. Criou os filhos, foi esposa inesquecível, participou da criação dos netos mas, também, ajudou às restantes mulheres da família a formarem seus enxovais e criarem seus próprios filhos. Jamais permitiu que alguém se encerrasse em tristeza a seu lado. Minha filha Ana Beatriz sempre disse que mamãe era capaz de transformar a vida de tantos quantos viesse a conhecer. Foi mesmo assim. Certamente foi muito bem recebida por Deus’, disse José Ronaldo.
Velório aconteceu no São Vicente de Paulo. O corpo foi trasladado para Claraval, com serviços da Funerária Tedesco. No Mosteiro Cisterciense daquela cidade, houve encomendação do corpo com celebração de padre José Carlos. Às 17 horas do dia 16, ocorreu o sepultamento no Cemitério Municipal local. Ontem, dia 20, os padres do Mosteiro celebraram missa de Sétimo Dia por intenção de sua alma.
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