Cegonhas


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Desenho animado da Warner traz Cegonhas que mudaram de ramo e não entregam mais bebês para Humanos, até que um dia uma delas será obrigada a cumprir novamente este papel
Desenho animado da Warner traz Cegonhas que mudaram de ramo e não entregam mais bebês para Humanos, até que um dia uma delas será obrigada a cumprir novamente este papel
As animações estão chegando cada vez melhores. Desenhos bonitos, histórias interessantes, diálogos engraçados e muitas emoções tornam os filmes atraentes. Assim é Cegonhas, a história que não te contaram, que  estreou no último dia 22 e está lotando as salas de cinema. Seu tema, ou seja, seu assunto principal, é a família. Enquanto nos divertimos com o avanço da história e as piadas que despertam o riso, vamos aprendendo  que família nem sempre é formada por pai, mãe e filhos. Às vezes há outras formas de construir uma família. O filme brinca com  a ideia e faz comparações para reforçar esta mensagem.
 
Mas vamos à história. Junior é uma cegonha workaholic (viciada em trabalho), que durante anos se dedicou à empresa onde trabalha entregando produtos. Ele não teve tempo de constituir uma família. Um dia  tem a chance de ocupar o cargo de Rocha, seu chefe. Rocha ilude Junior, fazendo-o acreditar que a empresa é toda a família de que precisa. Na verdade, Rocha não é o “pai” que deseja aparentar para seus funcionários. Por exemplo, ele não hesita em pisar nos seus semelhantes menores  – como os passarinhos redondos que servem desde capacho a bolas de golfe. Ele não hesita em demitir Tulipa, a órfã humana que mora com as Cegonhas há 18 anos.
 
A questão do trabalho em excesso não prejudica apenas Junior. É um problema que causa danos também à família do menino Nando. Os pais de Nando não percebem que estão perdendo os melhores anos do filho enquanto trabalham duro  para ter uma vida confortável. Por isso Nando envia uma carta às Cegonhas, ignorando que elas há muito tempo não trabalham mais com entrega de bebês. Na carta, escrita de maneira muito engraçada, Nando pede um irmão. 
 
A carta azul de Nando cruza ares e mares, como se fosse uma prece. E fortalece uma ligação entre Junior e Tulipa por motivos diferentes. A partir de certo momento, eles se veem com um bebê a ser entregue na casa de Nando. Não vai ser fácil cumprir esta tarefa. Cada um dos problemas que eles vão enfrentar terá a ver com o desenvolvimento de uma família e de como um bebê muda a vida dos que cuidam dele. Há duas situações muito engraçadas desta fase. Uma delas é quando lobos ferozes se curvam encantados diante da fofura do bebê cuidado por Junior e Tulipa. A outra, quando os  dois têm de resolver quem vai dormir enquanto o outro tenta fazer o bebê  parar de chorar.
 
Por ser uma aventura, coisas extraordinárias também acontecem. Surge um monstro aterrador no meio da história. Também um robô gigante. Além disso, já perto do final, muitas situações vão e vêm, esticando um pouco a história. Mas nem de longe isso é algo que estrague a experiência, porque durante todo o resto do filme somos bombardeados por excelentes momentos. Junto de toda a diversão proporcionada, saímos da sala de cinema com uma bela lição de vida. Algumas frases podem parecer soltas, mas não estão. Junto a outras, elas fazem muito sentido. Por exemplo, quando Tulipa e Junior estão discutindo sobre cuidar do bebê, um deles diz “Não somos uma família, somos só um casal cuidando de um bebê”. Aí nos perguntamos: “mas se isso não é ser uma família, o que mais poderia ser?”
 
Os altos e baixos da vida compartilhada de Junior, a Cegonha, e Tulipa, a Humana, junto ao bebê que pretendem entregar na casa de Nando, são um exemplo do que é ser pai e mãe. Ser pai e mãe de um bebê significa cuidar dele com amor e carinho, protegê-lo, mantê-lo confortável e feliz, ajudá-lo a crescer, a se desenvolver. Por algum tempo os três formaram uma família.  

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