Debate na TV Clube

Na noite do último domingo, convidado pela emissora, fomos ao debate dos candidatos a prefeito de Franca, realizado pela TV Clube Band

20/09/2016 | Tempo de leitura: 3 min

Na noite do último domingo, convidado pela emissora, fomos ao debate dos candidatos a prefeito de Franca, realizado pela TV Clube Band, de Ribeirão Preto. Parabenizamos a emissora por promover debate em horário nobre para que cidadãos francanos poderem assistir, diferentemente de outros realizados em finais de noite e início de madrugada. 
 
Para evoluirmos na busca da democracia plena, necessitamos debater. Sempre comentamos com nossos alunos que a busca da democracia passou, num primeiro momento, pela busca do direito ao voto, o que já conseguimos. Agora, buscamos qualidade e controle de atos praticados na condução da coisa pública. 
 
O debate, em si, transcorreu sem ocorrências de maior destaque. Os candidatos criticaram a ausência do concorrente Sidnei Rocha. Sua não ida foi a marca negativa. Como esperado, a saúde dominou a maioria dos questionamentos, seguida da necessidade de creches. As propostas apresentadas, em sua maioria, são dependentes de recursos oriundos do governo federal e estadual, ou seja, necessita de parcerias. 
 
Assim, alguns candidatos tentaram reafirmar as amizades e os conhecidos que têm no governo federal e estadual, na tentativa de afirmar que suas propostas são viáveis. Porém, é subjetivo pensar que sendo “conhecido” de fulano ou beltrano, verbas serão direcionadas a projetos locais, principalmente, em razão da crise econômica pela qual o Brasil passa.
 
Em relação a transporte coletivo, a redução do valor cobrado, o retorno dos cobradores e análise do contrato foram prometidos. Mas, sabemos, não é simples assim. No contrato de concessão há direitos e deveres e, o mesmo, tem que ser analisado com profundidade. Se o prefeito atual efetuou aditivo autorizando, há que ser respeitado o direito ali estabelecido e pactuado, e sua possibilidade de alteração sem nenhum comprometimento.
 
Como temos comentado, os municípios brasileiros — seja quais forem os eleitos para assumirem suas prefeituras — estão todos em situação “pré-falimentar”, pois a forma como se dá a centralização da arrecadação em nosso país, inviabiliza as administrações municipais que sempre vivem de “chapéu na mão”, ou seja, pedindo. Vivemos nos municípios, podemos viajar por mil quilômetros, que sempre estaremos dentro de limites territoriais de uma cidade que estará obrigada a nos dar toda assistência necessária. Em contrapartida, o Estado — uma ficção —, consome grande parte de tudo que é arrecadado pelos cofres públicos.
 
Torcemos para que os eleitores possam assistir debates, principalmente o que será realizado por este GCN — para que assim forme convicção e decida em quem votar independentemente de pesquisas e outras formas duvidosas, e não figure somente como “massa de manobra”. Isso é o que esperamos na busca evolutiva da democracia.
 
SEMÁFOROS: Desculpem-nos, mas temos que voltar ao assunto. Como é que uma cidade que quer ser considerada grande, evoluída e bem administrada fica com semáforos com problemas de sexta-feira à noite até segunda-feira de manhã? Ocorreu na Vila São Sebastião, pois, por economia, não há servidores de plantão para solucionar o problema. Se ocorrem acidentes em razão de omissão, o município deve ser responsabilizado judicialmente. Enfim, menos tinta e mais prevenção!
 
ESPETÁCULO NA LAVA-JATO: Com todo respeito aos relevantes serviços prestados aos procuradores da operação Lava-Jato, excessos e “vaidades” podem atrapalhar o andamento processual. Se tiverem provas, denunciem ao Judiciário sem “estardalhaço”. Estarão cumprindo a nobre missão sem pré-julgar ninguém. A propósito, em nossa região tem acontecido o mesmo!
 
 
Toninho Menezes
advogado, professor universitário - toninhomenezes16@gmail.com
 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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