Os marqueteiros e os próprios candidatos têm trabalho durante a campanha: precisam tentar criar programas eleitorais novos a cada dia, apertar o ritmo de postagens nas redes sociais dos políticos, se preocupar com a confecção de material gráfico e com tudo mais que possibilite colocar o pleiteante à Câmara ou à Prefeitura nos holofotes. Uma das tarefas que mais pedem criatividade neste processo todo é a elaboração do material sonoro que fará parte da campanha. É aí que os jingles criativos, que são compostos com o objetivo de grudar na mente dos eleitores, entram em ação.
Alguns já se destacam nessa missão quando optam por fazer a composição do jingle baseada em uma música já conhecida do público, as chamadas paródias. Segundo o produtor Felipe Leon, desta forma, já se tem meio caminho percorrido para que o barulho faça sucesso. “A maioria dos candidatos prefere a paródia, porque é fácil de memorizar. São ritmos com os quais as pessoas já estão acostumadas a ouvir no rádio. A vantagem é a facilidade de memorização, pois uma música que já é famosa é mais fácil de entrar na mente do eleitor”, disse.
Na empresa dirigida por ele, a Leon Produtora, outra vantagem importante das músicas de campanha que são paródias, segundo ele, é o custo. “Um jingle inédito, que é quando se constrói a letra e a trilha do zero, custa entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil. Já a paródia sai a cerca de R$ 1 mil.”
Ele conta que o processo envolve reuniões com o candidato ou a assessores para que os pontos centrais da peça musical sejam definidos. “Estabelecemos um perfil, com a história, o objetivo e foco da campanha. A nossa inspiração é a história dele e o que ele pretende fazer”, afirmou.
Para as Eleições 2016, a equipe de Leon preparou ao menos 50 playbacks com músicas famosas para sugerir aos clientes-candidatos, a maioria com temas sertanejos – o preferido pelos marqueteiros. Em Franca e região, ao menos 30 paródias foram produzidas pela equipe, ainda segundo Leon.
É por essas e outras que a tendência nesta eleição é o jingle parodiado. Em uma rápida volta em tarde ensolarada em Franca não é difícil comprovar, candidatos como Andréia Braguim (PSD), Ti Mário (PSC), Tony Hill (PSDB), Luiz Vergara (PSB) e Professor Ricardo Pereira (PSB) fizeram essa aposta (veja exemplos nesta página).
Este último, por exemplo, disse que optou por uma paródia justamente pela facilidade de memorização. “A receptividade tem sido ótima. Como as pessoas já conhecem a melodia, dançam quando o carro de som passa, compartilham no WhatsApp, é muito bacana”, afirmou.
Se a tática vai dar resultado nas urnas, só o tempo - precisamente 15 dias - dirá.
JINGLES
Confira algumas das paródias que estão levando ritmo para as ruas durante a campanha
Chora Carolina
(Emílio & Eduardo)
Chora, chora, chora Carolina
Que esse choro é bom de chorar
Canta, canta, canta Carolina
Quando tem vontade de cantar
No jingle do candidato
Luiz Vergara (PSB)
Vota, vota, vota no Vergara,
o meu voto é 40123
Vota, vota, vota no Vergara,
tamo junto, é Vergara outra vez
*****
Made in Roça
(Loubet)
É, é, só eu faço do jeito que cê gosta
Garanto que pra ele cê não volta
Você é muita areia pra aquela carroça
Tá viciada na pegada made in roça
No jingle da candidata a vereadora Andreia Braguim (PSD)
Meu voto é pra vereadora
Andreia Braguim
55777,
Andreia é honesta e inovadora
É mãe, coordenadora e professoraaaaa
*****
Aquele 1%
(Marcos & Belutti e Wesley Safadão)
Tô namorando todo mundo
99% anjo, perfeito
Mas aquele 1% é vagabundo
Mas aquele 1% é vagabundo
Safado e elas gostam
No jingle do candidato a vereador Professor Ricardo (PSB)
Eu vou mostrar pra todo mundo
Que o professor Ricardo é o cara certo para ser eleito
40333,
que o professor Ricardo é o cara certo para ser
eleito e o povo goooostaCHICLETE
Do sertanejo ao forró, jingles de candidatos ‘grudam na mente’
Os marqueteiros e os próprios candidatos têm trabalho durante a campanha: precisam tentar criar programas eleitorais novos a cada dia, apertar o ritmo de postagens nas redes sociais dos políticos, se preocupar com a confecção de material gráfico e com tudo mais que possibilite colocar o pleiteante à Câmara ou à Prefeitura nos holofotes. Uma das tarefas que mais pedem criatividade neste processo todo é a elaboração do material sonoro que fará parte da campanha. É aí que os jingles criativos, que são compostos com o objetivo de grudar na mente dos eleitores, entram em ação.
Alguns já se destacam nessa missão quando optam por fazer a composição do jingle baseada em uma música já conhecida do público, as chamadas paródias. Segundo o produtor Felipe Leon, desta forma, já se tem meio caminho percorrido para que o barulho faça sucesso. “A maioria dos candidatos prefere a paródia, porque é fácil de memorizar. São ritmos com os quais as pessoas já estão acostumadas a ouvir no rádio. A vantagem é a facilidade de memorização, pois uma música que já é famosa é mais fácil de entrar na mente do eleitor”, disse.
Na empresa dirigida por ele, a Leon Produtora, outra vantagem importante das músicas de campanha que são paródias, segundo ele, é o custo. “Um jingle inédito, que é quando se constrói a letra e a trilha do zero, custa entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil. Já a paródia sai a cerca de R$ 1 mil.”
Ele conta que o processo envolve reuniões com o candidato ou a assessores para que os pontos centrais da peça musical sejam definidos. “Estabelecemos um perfil, com a história, o objetivo e foco da campanha. A nossa inspiração é a história dele e o que ele pretende fazer”, afirmou.
Para as Eleições 2016, a equipe de Leon preparou ao menos 50 playbacks com músicas famosas para sugerir aos clientes-candidatos, a maioria com temas sertanejos – o preferido pelos marqueteiros. Em Franca e região, ao menos 30 paródias foram produzidas pela equipe, ainda segundo Leon.
É por essas e outras que a tendência nesta eleição é o jingle parodiado. Em uma rápida volta em tarde ensolarada em Franca não é difícil comprovar, candidatos como Andréia Braguim (PSD), Ti Mário (PSC), Tony Hill (PSDB), Luiz Vergara (PSB) e Professor Ricardo Pereira (PSB) fizeram essa aposta (veja exemplos nesta página).
Este último, por exemplo, disse que optou por uma paródia justamente pela facilidade de memorização. “A receptividade tem sido ótima. Como as pessoas já conhecem a melodia, dançam quando o carro de som passa, compartilham no WhatsApp, é muito bacana”, afirmou.
Se a tática vai dar resultado nas urnas, só o tempo - precisamente 15 dias - dirá.
JINGLES
Confira algumas das paródias que estão levando ritmo para as ruas durante a campanha
Chora Carolina
(Emílio & Eduardo)
Chora, chora, chora Carolina
Que esse choro é bom de chorar
Canta, canta, canta Carolina
Quando tem vontade de cantar
No jingle do candidato
Luiz Vergara (PSB)
Vota, vota, vota no Vergara,
o meu voto é 40123
Vota, vota, vota no Vergara,
tamo junto, é Vergara outra vez
*****
Made in Roça
(Loubet)
É, é, só eu faço do jeito que cê gosta
Garanto que pra ele cê não volta
Você é muita areia pra aquela carroça
Tá viciada na pegada made in roça
No jingle da candidata a vereadora Andreia Braguim (PSD)
Meu voto é pra vereadora
Andreia Braguim
55777,
Andreia é honesta e inovadora
É mãe, coordenadora e professoraaaaa
*****
Aquele 1%
(Marcos & Belutti e Wesley Safadão)
Tô namorando todo mundo
99% anjo, perfeito
Mas aquele 1% é vagabundo
Mas aquele 1% é vagabundo
Safado e elas gostam
No jingle do candidato a vereador Professor Ricardo (PSB)
Eu vou mostrar pra todo mundo
Que o professor Ricardo é o cara certo para ser eleito
40333,
que o professor Ricardo é o cara certo para ser
eleito e o povo goooosta
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.