Morreu às 7h40 da terça-feira, no Hospital São Joaquim, onde esteve internado por oito dias, o conhecido empresário do setor automotivo, Hermes da Silva Prazeres. Tinha 85 anos. Era portador de Alzheimer, diagnosticado há três anos. Organizado, mudou pouco seus hábitos, dentre os quais caminhada matutina diária rumo à casa de um de seus irmãos, Altair. Há alguns meses, a doença o apenou mais fortemente. “Em dezembro, sofreu um AVC e, daí em diante, permaneceu acamado”, disse Carlos, seu genro. Nos últimos meses, atingido por pneumonia, teve o organismo arrastado a profunda debilitação. “No começo do mês o levamos ao hospital. Um novo AVC o acometeu. Não havia mais o que fazer”, contou o genro.
Hermes era natural de São Tomaz de Aquino (MG). Sua família, determinada a buscar melhores oportunidades para a vida profissional e escola para os filhos — ele e mais cinco irmãos, Rui, Herley, Altair, Eunice e Eurenice — escolheram Franca para fincar raízes.
O primeiro emprego de Hermes foi no Posto Caleiro, tradicional centro de abastecimento automotivo do bairro da Estação. Trabalhou lá por anos até que, a convite do irmão Altair, ingressou na sociedade que havia fundado a Venasa (Veículos Nacionais S.A), para a representação de veículos Ford na cidade. Faziam parte do negócio, além de Altair, os também fundadores Roque, Renato e Frederico Lamberti; Michel, Tufi e Nury Abrahão; Augusto Figueiredo e Nicomedes Prévidi. A sede da empresa se localizava na esquina das ruas Diogo Feijó com General Osório.
Em mais alguns anos, ocorreria transformação societária e a empresa passaria a ser dirigida por Roque Lamberti, Nicomedes Prévidi, Augusto Figueiredo, Altair e Hermes. A sede foi transferida para prédio próprio, erguido na avenida Ismael Alonso Y Alonso, onde hoje se situa a Eletrotécnica Pires. Anos mais tarde, a empresa encerraria suas atividades.
Aposentado, Hermes se recolheu à sua casa e à família. “Papai foi um homem que viveu para a família e para o trabalho. Firme na educação dos fi-lhos, preocupado com seus semelhantes e caridoso, deixa a nós e a todos quanto com ele conviveram, saudade de seu jeito de ser e o vazio da correção com que agiu com todos”, disse a filha.
Deixou, viúva, a senhora Neuza Sardarelli, com quem teve 58 anos de feliz enlace. Do casamento, quatro filhos (Neuza Maria, falecida; Dircelene, Hermes Júnior e Fernanda, casada com Carlos Tonhatti), e cinco netos, Sofia, Gabriela, Thiago, Thales e Thaís.
“Papai tinha seu jeito. Conversava pouco, exigia o melhor de nós, e isso, sempre com a mediação de mamãe, nos tornou gente grande. Confessou a meu marido Carlos que, com a chegada dos netos, teve sua esperada segunda chance em se divertir com crianças. Riu com elas. Estamos felizes que tudo tenha sido como deveria ter sido. Agora, resta a saudade”, concluiu a filha.
Velório foi realizado no São Vicente de Paulo. Sepultamento, com serviços da Funerária Tedesco, aconteceu no dia 16, 17 horas, no Cemitério da Saudade.
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