Sem dúvida, podemos afirmar que um dos maiores filósofos do Século XX, foi Eric Voegelin. Nascido em Colônia, na Alemanha, em 1901, e falecido em janeiro de 1985 nos Estados Unidos, Voegelin foi também foi emérito historiador e cientista político. É reconhecido, mundialmente, como um dos mais fervorosos críticos do Marxismo.

 

Lendo, recentemente, a obra intitulada O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, uma coletânea de escritos do jornalista Olavo de Carvalho entre 1997 e 2013 por vários jornais do país, especialmente no O Globo, deparei-me com um interessante paralelo feito por ele, entre a trajetória de vida de Eric Voegelin e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

 

Segundo a biografia do filósofo alemão, ele nasceu em família extremamente pobre, passou fome na infância e encontrou enormes dificuldades para estudar. 

 

Através dos estudos, atingiu o auge acadêmico e intelectual. Desta maneira foi que conseguiu mudar de patamar financeiro e social.

 

Porém — sempre segundo os textos de Olavo de Carvalho —, Voegelin continuou a usar ternos surrados, fumar charutos tipo ‘mata-rato’, beber vinhos sem distinguir a qualidade deles. Às vezes, se esquecia completamente de cortar as unhas das mãos, amareladas pelo fumo. Com esse modo de vida, foi definido por seus amigos como ‘uma aristocrata intelectual com gostos proletários’.

 

Já o ex-presidente Lula, que também nasceu pobre e passou privações na infância, não consegui estudar. Ascendeu na pirâmide social e econômica por conta de sua vitoriosa carreira política. A partir de então, mudou completamente seus hábitos. Seus charutos passaram a ser cubanos. Vinhos, somente os muito bons. Seus ternos, passaram a ser de grifes famosas. Suas unhas estiveram sempre polidas. 

 

Em síntese, segundo o jornalista Olavo de Carvalho, o ex-presidente Lula é ‘um proletário intelectual com gostos aristocráticos’.

 

 

Setímio Salerno Miguel

Advogado empresarial, professor da Faculdade de Direito de Franca