Resgatar a credibilidade

Em razão de nosso último artigo, no qual comentamos que o governo federal não honra seus compromissos, principalmente para com os

12/07/2016 | Tempo de leitura: 3 min

Em razão de nosso último artigo, no qual comentamos que o governo federal não honra seus compromissos, principalmente para com os cidadãos brasileiros, recebemos comentários, alguns pedindo esclarecimentos para alguns pontos e, em especial, sobre pagamento de juros da dívida, que consomem mais de 50% de toda a nossa arrecadação anual. Em síntese, sempre defendemos que a credibilidade é o maior patrimônio que um cidadão tem. Da mesma forma, o Brasil também deveria primar em manter sua credibilidade perante seus cidadãos, e perante a comunidade internacional. Mas, que isso tem a ver com a dívida?
 
Ora, se nós, cidadãos brasileiros, tivéssemos certeza de que o governo, independentemente de quem estivesse exercendo o poder, honraria seus compromissos, nós investiríamos em nosso país! Como? Vamos exemplificar: fosse necessário construir um pontilhão sobre a avenida Champagnat, o governo federal autorizaria o município de Franca a emitir títulos resgatáveis em cinco ou dez anos. Nós, ao invés de colocarmos nosso dinheiro na poupança (com rendimentos de menos de 1% ao mês) compraríamos os títulos com juros de 3% ao mês, para resgatá-los naquele tempo. Quebraríamos, então, o círculo vicioso dos bancos que emprestam ao governo a juros de 14,25%, o mesmo dinheiro que lhes confiamos em poupança! Também, financiássemos o nosso viaduto, vendo alguém cometendo algum ato de vandalismo contra a obra, com certeza defenderíamos o patrimônio erguido por nós, com redobrado vigor e civismo. 
 
Para isso, caros leitores, teríamos que ter certeza de que fosse quem fosse que estivesse exercendo o poder, independentemente de ideologia partidária, resgatariam os valores na data ajustada no título púbico; não como hoje, onde se diz que títulos ‘são podres’ não valem mais e se consegue ratificação do poder Judiciário, causando completo descrédito para tal forma de financiamento público.
 
HEROÍSMO POLICIAL: Na última semana, noticiários mostraram que através de uma ousada ação, devidamente planejada, em Ribeirão Preto, bandidos explodiram firma de transporte de valores e levaram dezenas de milhões de reais. O que o ato praticado mostra é que além da ousadia que possuem, bandidos não temem nada. Sabem perfeitamente os horários da polícia mais fortemente armada nas ruas. 
 
Atacam quando tais equipes se recolhem, Sabem também que possuem armamentos superiores aos utilizados pelos policiais que possam, eventualmente, chegar ao local do crime para combatê-los e tentar reprimir a ação.
 
Como exigir de policiais, muito além do que podem realizar? Igual a nós, são cidadãos e pais de famílias que, profissionalmente optaram por trabalhar em nos defender, mesmo colocando suas vidas em risco. Porém, não é por tal opção que o governo pode deixar de investir em equipamentos, treinamento, melhor remuneração e, principalmente, em inteligência. Uma ação como a realizada em Ribeirão Preto não acontece de repente, por acaso, mas é, isto sim, planejada e arquitetada durante meses.
 
Na verdade, a criminalidade organizada, seja no tráfico e agora em constantes ataques a empresas de valores e explosões de caixas eletrônicos, está “dando um baile” em nossos governantes. Parabéns aos nossos policiais, heróis que mesmo em desvantagem, não se omitem em tentar defender os cidadãos.
 
FALTA DE ENERGIA: Em nossa cidade está se tornando constante a falta de energia sem nenhum motivo plausível. Causa transtorno por todo lado, seja nas indústria, comércio, nas residências, no trânsito etc. É necessário que a concessionária dê uma explicação a nossas autoridades, que parecem assistir a tal situação sem nenhuma ação efetiva.
 
 
Toninho Menezes
advogado, professor universitário - toninhomenezes16@gmail.com
 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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