Basta o tempo ficar preto e o índice pluviométrico ser um pouco acima da média para a cena voltar a ocorrer e ganhar as páginas do Comércio da Franca. Nestes 101 anos, foram publicadas muitas reportagens sobre as enchentes dos córregos que cortam a cidade e, apesar da passagem dos anos, da troca de prefeitos e das obras de infraestrutura realizadas, o problema persiste e continua a ser manchete desta publicação.
Há registros em 1978, 1980, 1998 e muitos na última década e na atual. Em 2007, por exemplo, o então prefeito Sidnei Rocha (PSDB) chegou a declarar “que enchente em Franca é problema sem solução”. Segundo disse na ocasião, mesmo com os recursos gastos em obras para contenção das inundações, a população continuaria exposta aos riscos e incômodos das enchentes, inclusive a longo prazo. Passados quase dez anos, a profecia se confirma. As enchentes continuam assustando os francanos e sendo retratada nas páginas desse centenário periódico.
Em fevereiro de 1998, manchete do dia 23, um domingo, trazia em letras garrafais “Chuvas voltam a arrasar a cidade”. O relato era de que, pela segunda semana consecutiva, Franca sofria com as chuvas torrenciais e, no dia anterior, o local mais atingido havia sido a confluência dos córregos Cubatão e Bagres, onde fica o posto Galo Branco, que na ocasião teve suas instalações totalmente atingidas pela força da chuva. Segundo a reportagem, o pronto socorro na avenida Doutor Hélio Palermo ficou alagado e os bombeiros só conseguiram chegar ao local quando as águas baixaram. Na capa, inclusive, duas fotos mostravam a situação da Hélio Palermo, que ficou submersa por conta do córrego transbordado.
Vinte anos antes, capa do dia 14 de janeiro trouxe também como destaque “Chuvas provocam enchentes na cidade” juntamente com a foto de um Fusca sendo levado pelas águas.
No ano do seu 101º aniversário, o Comércio não deixou de retratar os estragos causados pelas chuvas na cidade. A última publicação foi em março, no dia 25, Sexta-Feira Santa, quando a forte chuva que atingiu Franca levou destruição aos moradores de diferentes pontos da cidade, de modo particular para famílias residentes nas proximiddes do córrego que corta o Jardim Palmeiras, na região Oeste.
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