As oscilações no número de empregados com carteira assinada nas indústrias calçadistas de Franca sempre renderam matéria no jornal Comércio da Franca. As demissões sazonais, que marcam o setor todo fim de ano, não é um problema recente como mostram algumas capas do Comércio.
A cada entrada de um novo ano, a situação aparece na primeira página. Neste 2016, não foi diferente. Se não bastasse as reportagens com balanço anual, o assunto reaparece mensalmente com a divulgação dos números do Caged (Cadastro Nacional dos Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho.
Entrevistas com sindicalistas, seja do lado dos empregados ou dos patrões, acompanhamento de greves, negociações salariais, fechamento de fábricas, desenvolvimento e lançamento de coleções e a participação nas feiras do setor. Todos os acontecimentos relacionados à indústria de calçados da cidade estão e são retratados no jornal.
O material inclui ainda as históricas demissões, a luta contra a concorrência chinesa, as tentativas de alavancar as exportações, as altas e baixas do dólar e, mais recentemente, o agravamento da crise econômica que freou as vendas no mercado interno e a defasagem do salário pago aos trabalhadores, além das acusações de plágios.
Com duas grandes feiras anuais, Couromoda e Francal, os principais acontecimentos desses eventos e seus reflexos na economia local também são assuntos corriqueiros nas página do tabloide mais tradicional da cidade.
Não podemos esquecer do fechamento de fábricas importantes da cidade. Foi em 2006 que a primeira fábrica de calçados de Franca e uma das maiores da história da cidade viveu sua maior crise. Com milhões em dívidas atrasadas, a Samello encerrou suas atividades em novembro daquele ano e ingressou na Justiça com um pedido de recuperação judicial. O Comércio também retratou, em dezenas de ocasiões, os percalços e a decadência de outras empresas reconhecidas da cidade, como a Agabê e continua a dar espaço para os acontecimentos que marcam esse setor de extrema importância para a cidade.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.