Depois de muitas idas e vindas, o imóvel até então abandonado na entrada de Franca, próximo ao Poliesportivo Pedrocão, mais conhecido como “Esqueleto”, deixou de manchetear o jornal Comércio da Franca pelo seu lado “problema” e começou a aparecer como sede da Secretaria Municipal da Educação.
Até chegar a essa transformação e ser inaugurado, o prédio foi motivo de inúmeras reportagens no centenário jornal. Desde antes da ideia da Prefeitura de reformar o espaço, várias matérias retrataram o abandono e as ocorrências registradas no endereço.
Em 2000, o Comércio publicou matéria denunciando o estado de abandono do prédio, que havia se transformado em abrigo para moradores de rua e marginais. No mesmo ano, um jovem foi encontrado morto em um dos cômodos. Segundo a polícia, ele era usuário de drogas.
Dois anos depois, um homem foi esfaqueado e morto no prédio pelo rival por conta de uma mulher. Na época, notícias foram publicadas sobre o homicídio e o interesse do então prefeito Gilmar Dominici (PT) em colocar fim ao problema. Ele chegou a abrir um processo administrativo e intimou o proprietário a fechar a entrada. Até mesmo a hipótese de demolição passou a ser cogitada.
No ano de 2010, o “elefante branco” voltou novamente às páginas do jornal, dessa vez por conta de um novo projeto da Prefeitura para tentar dar uma solução ao imóvel ao reformá-lo para ser sede da Secretaria da Educação. A partir daí foram várias matérias falando a respeito do assunto, desde o projeto de desapropriação, o anúncio do valor da obra e a polêmica gerada, a briga para batizar o prédio, o começo dos serviços, a demora na conclusão até a inauguração que ocorreu em março deste ano juntamente com reformas emergenciais devido a problemas na infraestrutura.
Segundo histórico levantado pelo Comércio da Franca, o Esqueleto localizado na avenida Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro, no Parque Francal, foi projetado para ser um hotel com 108 quartos. Segundo o antigo proprietário do imóvel disse à época ao jornal, o imóvel começou a ser erguido entre 1986 e 1987, mas a obra parou em 1996 por causa de um litígio. Depois de praticamente 20 anos sem destino e dezenas de reportagens, o prédio do Esqueleto ganhou novo rumo e deixou de ser pauta para recorrentes matérias no Comércio.
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