São quatro meses de dor, dúvidas, angústia, desespero. Já se passaram mais de 120 dias desde que a dona de casa Etiene Josefa de Arruda Coelho, de 33 anos, foi morta com dois golpes de picareta em sua chácara, no Parque Universitário, e que o assassino segue solto.
A espera por respostas é, segundo a família da vítima, o que mais dói. “O responsável ainda está solto. É desanimador. Estamos aqui, sentindo a dor da perda. A Etiene era uma irmã que todos sonhavam em ter. Cuidou de mim a vida toda. Nada vai trazê-la de volta, mas precisamos saber quem foi o responsável”, disse Lilian Breviglieri.
A outra irmã de Etiene, Sandra Ferreira de Moura, que mora em São Paulo, definiu a espera como tortura: “Desconfiamos de tudo e de todos. Precisamos saber quem foi o monstro que fez isso com ela”.
Desde o dia seguinte à morte da dona de casa, a equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) trabalha para a elucidação do caso. Um dos suspeitos continua sendo o marido. Carlos Eduardo Coelho, 35, nega o crime. “Rezo todos os dias para que o caso não seja mais um que termine arquivado sem provar quem foi o assassino. Eu e toda minha família estamos investigando para tentar desvendar quem foi”, disse.
Para alcançar o responsável, o delegado Márcio Garcia Murari conta com um laudo do IML (Instituto Médico Legal) acerca do corpo de Etiene, já acrescentado ao inquérito, e da análise das ligações de seu celular, que ainda não chegaram. Além disso, ele requisitou ao IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo laudos da picareta usada no crime e das roupas usadas por Carlos Eduardo Coelho no dia do assassinato. Assim que os resultados estiverem prontos, os agentes da DIG farão uma reconstituição do crime e o marido será chamado a prestar depoimento para se averiguar se teve envolvimento com o assassinato.
O assassinato
Etiene Coelho foi encontrada morta no jardim da chácara onde morava há quatro anos com o marido, pelo próprio, com quem estava casada há sete. Ela levou dois golpes de picareta, um na cabeça e outro no ombro. Eles não tinham filhos.
À polícia, Carlos Eduardo disse que, no momento em que encontrou sua mulher, ligou para o cunhado. Apenas quando ele chegou na chácara que o Samu foi acionado. Assim que a morte da dona de casa foi confirmada, com a ajuda da médica que atendeu a ligação telefônica, as polícias Civil e Militar estiveram na chácara para fazer os levantamentos de praxe.
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