Anunciada a extinção do Ministério da Cultura, iniciaram-se manifestações contrárias. Sábado, para evitar continuidade de tais iniciativas, o governo recriou o ministério. Foi objetivo e direto. A verdade é que, independentemente de possuir status de ministério ou secretaria de governo, não é esse o problema cultural brasileiro. O problema real está na baixa qualidade da formação educacional de nossos cidadãos.
Cultura sempre será fruto de educação séria, bem cuidada, investimentos adequados. Educação e cultura têm que caminhar juntas. É assim nos países de primeiro mundo. Por cultura, em locais desenvolvidos, não se entendem somente benefícios concedidos há alguns poucos ‘artistas’ que se predispõem a defender a política dos detentores do poder. Lá fora se investe em cultura na sua acepção maior. Em todas as cidades existem prédios históricos, museus, patrimônio artístico e cultural preservados. Aqui, só se pensa em financiamento de shows artísticos, produção de filmes etc. O patrimônio cultural está abandonado.
Nossa cultura só é bonita no nome. O país continua na fase do ‘levar vantagem em tudo!’. Ninguém abre mão de vantagens em prol de todos. Muitos estão despreocupados com os acontecimentos sociais que corroem as classes média e baixa. Afinal, egoisticamente se preocupa com a junção de dois ministérios por medias econômicas! Quanta futilidade! Deveriam, isto sim, contribuir, para a resolução do momento delicado que pelo qual passamos!
Não somos contra cultura. Somos contra o corporativismo da associação dos usufrutuários que se estabeleceram ‘pendurados’ em governo que objetivava manter seu populismo através de alguns expoentes. A propósito, temos comentamos que para todo benefício que o governo concede, tem que haver prestação de contas séria e transparente para que nós, cidadãos, possamos mensurar se foi benéfico ou não à sociedade, a renúncia de receita.
Em síntese, questionados por alunos sobre a fusão do Ministério da Cultura ao da Educação — no Ministério da Educação e Cultura —, exemplificamos, para facilitar entendimento: quando o orçamento familiar é reduzido pela perda de um emprego, ou diminuição de lucro dentro do núcleo familiar, a primeira opção de corte se dá em lazer e cultura. Diminuímos cinema, lazer, saímos menos para curtir eventos musicais etc. Assim deve ser na administração pública. Na hora da crise há se corta lazer, cultura, obras, aquisições etc., para manter saúde, educação e segurança.
Hoje vivemos situação de necessidade. O governo sequer dá conta de manter serviços essenciais. Dessa forma, tem que gerenciar prioridades dos cidadãos, principalmente retomada do crescimento e oferta de trabalho. Não dá para sacrificar o emprego dos brasileiros em troca de benefícios para uns poucos.
No futuro, com a economia estável e crescimento, volta o apoio à cultura, bem controlado, sem milhões distribuídos à revelia. Infelizmente, o presidente Temer teve que voltar atrás e recriar o Ministério da Cultura, mas acreditamos que ele deverá ser mais controlador de tais gastos.
ALÇA DE ACESSO ‘RONAN ROCHA’/UNIFRAN: Semanas atrás comentamos sobre a alça da rodovia ‘Ronan Rocha’, próxima à Unifran, que está sendo modificada para facilitar acesso a um condomínio. Que nos desculpem, mas após os comentários a modificação feita ficou pior do que estava. A verdade é que quando foi aprovado o parcelamento do solo urbano para aquele conjunto residencial, os empreendedores, bem como os compradores, já sabiam que deveriam utilizar as vias de acesso existentes. Agora com tais modificações, estão a colocar em risco a integridade dos cidadãos que utilizam aquela via de acesso.
Toninho Menezes
advogado, professor universitário - toninhomenezes16@gmail.com
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