Baiacu


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Baiacu, baiagu, sapo-do-mar, peixe-balão ou lola  são nomes populares  comuns a diversos peixes dos  rios  da América do Sul  e, mais especificamente, do Brasil. O termo é utilizado, na linguagem corrente, para designar, especificamente, as espécies dessa ordem que têm a propriedade de inchar o corpo quando se sentem ameaçadas. 
 
Há cerca de 150 espécies de baiacus nos nossos rios. O inchaço é um mecanismo de defesa para o baiacu parecer muito maior do que é. Assim, ele afugenta com facilidade  o inimigo. O processo começa com o peixe engolindo uma grande quantidade de água, que vai sendo  armazenada  no estômago. Como esse órgão é muito elástico, ele infla como uma bexiga, conferindo ao baiacu uma forma esférica e até três  vezes maior que seu tamanho normal! Como também tem uma pele superelástica, o baiacu não “rasga” quando incha. Outra parte do corpo adaptável é sua espinha: flexível, ela pode se curvar para acompanhar o novo formato do corpo. Quando o baiacu já está com o “tanque cheio”, uma válvula localizada na base da boca do peixe é empurrada na direção dos dentes. Assim, ela fecha a saída para água armazenada no estômago. Algumas espécies têm espinhos na pele que ficam mais visíveis e ameaçadores quando o animal infla. Isso também ajuda a intimidar o predador e deixa o baiacu parecido com um monstro pré-histórico!
 
Outra característica curiosa dos baiacus é que muitos são venenosos. Sua carne tem uma substância altamente tóxica, a tetrodotoxina. Apenas 2 gramas dela são suficientes para matar uma pessoa! O veneno fica concentrado na pele e em órgãos do peixe. Mesmo assim, o baiacu é uma iguaria apreciada no Japão, onde é conhecido como “fugu”. Para não intoxicar os fregueses, os cozinheiros precisam limpar o animal com uma técnica muito precisa, removendo as partes venenosas. 

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