Fotografia como instrumento para valorizar o trabalho


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Homem trabalha na região
Homem trabalha na região

Durante mais de uma década o fotógrafo Divaldo Moreira, do Comércio da Franca, peregrinou pelo nordeste paulista - em cidades como Restinga, Patrocínio Paulista, Batatais e Pedregulho - e o sudoeste mineiro em busca de imagens que pudessem retratar o cotidiano de atividades feitas com a própria mão do homem, naquele que considera ser um de seus maios longos ensaios fotográficos.

O tema em si não é novo. Quando tratado impossível não citarmos a obra monumental do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, com o livro Trabalalhadores, o qual chamou de uma “arqueologia da era industrial”. O próprio Salgado vem na esteira de grandes nomes do fotodocumentarismo mundial que direcionaram suas lentes para o tema, como os americanos Lewis Hine e Walker Evans.

O que o trabalho de Moreira traz de novo então? O ensaio publicado pela primeira vez pela Revista de Jornalismo Brasileiro, editada pela Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo (USP) -, em 2009, tem o mérito de trazer uma realidade regional. Além de não trazer em si uma carga ideológica, muito comum nesse tipo de trabalho. “Não é uma fotografia militante”, afirma o fotógrafo. Mas também não podemos dizer que é mero registro fotográfico. Nas imagens em preto e branco, produzidas com grande rigor estético, o fotógrafo mostra sua paixão pela condição humana.

Trabalhadores de carvoarias, da lavoura da cana-de-açúcar, da construção civil, oleiros, coletores de material reciclável, entre outras atividades, compõem uma verdadeira homenagem do fotógrafo ao trabalho humano.

Homenagem compartilhada pelo GCN, o qual o fotógrafo integra, ao Dia do Trabalho.
 

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