Protestos!

As manifestações ocorridas no último domingo refletiram o desejo dos brasileiros de mudanças na forma de conduzir a administração pública.

15/03/2016 | Tempo de leitura: 3 min

As manifestações ocorridas no último domingo refletiram o desejo dos brasileiros de mudanças na forma de conduzir a administração pública. Nos parece que a cúpula do governo federal e do Partido dos Trabalhadores não tem em seu dicionário a palavra humildade, para reconhecer que estão trilhando caminho errado e, por consequência, levando o nosso país a retroceder décadas de duras conquistas. São insustentáveis as alegações que apresentam, parecendo “samba de uma nota só”, pois somente falam que “os derrotados nas eleições não aceitam os resultados das urnas”. Com todo respeito, a discussão não é mais sobre as eleições, mas sim sobre a corrupção, sobre a utilização da “máquina pública” durante a campanha eleitoral, sobre os pagamentos dos gastos de campanha por empreiteiras através de desvios em contratos da Petrobras, sobre a dissimulação de sempre dizer que “não sabia de nada”, sobre a omissão em seu dever de agir, sobre a forma da condução do nosso país que está nos levando a uma recessão sem precedentes, dentre outros fatos.
 
Será que o governo não percebeu, ou talvez não queira ver, que os próprios eleitores da presidente Dilma agora se rebelam contra o verdadeiro “estelionato eleitoral” praticado contra eles que acreditaram em suas promessas eleitorais? Enganados que foram por pessoas que visavam somente o poder e seus projetos individuais (partidários e pessoais) e o coletivo foi colocado em segundo plano? As manifestações do último domingo trouxeram novos componentes, ou seja, partidos políticos que queriam se aproveitar das manifestações, tais como o PSDB, foram literalmente alijados das manifestações, demonstrando que os cidadãos não aceitam mais a forma de como os políticos estão a conduzir a coisa pública em nosso país. 
 
Igualmente, há necessidade de que a população analise partidos como, por exemplo, o PMDB, que se encostou no governo petista, passou a usufruir de todas as benesses através de recursos públicos e agora querem “pular fora do barco” e posteriormente continuar junto ao governo seja lá de qual partido e ideologia for, pois o importante é tirar proveito, através de Ministérios e cargos de confiança.
 
O direito de se manifestar é de todos, sem distinção. Infelizmente os que são partidários do governo sempre tentam desvalorizar os atos públicos, alegando que se trata de uma “elite branca”. Obviamente que não é a verdade, pois a estatística divulgada por jornal de São Paulo pesquisou apenas a Avenida Paulista, mas e o resto do Brasil, não conta? Tentar invalidar um protesto exemplar que ficará na história de nosso país é extremamente desonesto, olhar pra a manifestação e dizer que só têm ricos ali. Se assim fosse, ninguém reclamaria do Governo, afinal seríamos milhões de ricos no Brasil.
 
Caros leitores, como todo governo emana da vontade soberana do povo, não será políticos arrogantes, de que partido for, que acreditam serem os donos da verdade e que o Brasil lhes pertence que prevalecerá frente à vontade popular que clama por mudanças já em todos os níveis. O povo está insatisfeito e quer soluções urgentes e não adianta usar as retóricas populistas para tentar desqualificar a vontade popular.
 
LAVA JATO: “Passarinho nos contou” que as delações premiadas bateram à porta do Palácio do Planalto e das lideranças de partidos governistas. É só aguardar!
 
JURISTAS: Em todas as categorias há bons e maus profissionais. Em razão da condução coercitiva do ex-presidente Lula, muitos juristas se colocaram contrário a medida. Com todo nosso respeito, muitos vivem de vender “pareceres”. A juventude que tem ingressado no Poder Judiciário busca consolidar o amadurecimento da Justiça brasileira e do Estado Democrático de direito e isso incomoda, principalmente os que “não trabalham”. É óbvio que defensores dos “corruptos” tentam tirar os processos das mãos do juiz Sérgio Moro, pois ali é um foro onde eles e os pareceristas têm muitas dificuldades em impor suas “teses”. Até agora, os advogados não conseguiram provar que o juiz Sergio Moro está indo além do que a lei lhe permite.
 
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário - toninhomenezes16@gmail.com
 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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