Dia Internacional da Mulher

Nesta terça-feira, dia 08/03/2016, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, que historicamente relembra a luta das operárias têxteis

08/03/2016 | Tempo de leitura: 3 min

Nesta terça-feira, dia 08/03/2016, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, que historicamente relembra a luta das operárias têxteis de Nova York e das mulheres russas que lutavam por paz, pão e terra, no início do século XX. O pensamento da época resumia-se que: “a mulher existia especialmente para agradar ao homem”. Sua missão na vida: “fazer grandes homens”. A mulher era considerada bastante instruída quando sabia ler corretamente suas orações e escrever receitas de bolinhos e outros quitutes; mais que isso era desnecessário e perigoso para o lar. As atividades das mulheres se limitavam as atividades domésticas.
 
Até os meados do século XX, a mulher tinha um papel inferior, não participava da vida política, estava sujeita à tutela do pai, do irmão e depois do marido. A vida da mulher era marcada pelo “não”. Quando mulher e homem se casavam, tornava-se um, e este um era o homem. A mulher passava a ser à sombra do esposo, o chefe da casa. Cabia à mulher ser: esposa, mãe, a “Rainha do Lar”. Mas na realidade não decidia nada, nem mesmo sobre a educação dos filhos. O ensino universitário era frequentado na sua maioria pelos homens.
 
No Brasil apesar da resistência, barreiras foram superadas e conquistas foram realizadas ao longo do tempo. Bertha Lutz, bióloga paulista, liderou em 1918, movimento para a conquista do voto, influenciando milhares de brasileiras. As pressões surtiram efeito e, em 1933, o presidente Getúlio Vargas concedeu o direito do voto, que foi garantido pela Constituição de 1934. A mulher só pode votar pela primeira vez em 1945 com a queda da ditadura. A justiça não aceita mais a tese da “legitima defesa da honra” para inocentar homens que matam a mulher por ciúmes ou traição. Aliás, em 1981, o crime praticado pelo cantor Lindomar Castilho, matando sua ex-mulher Eliane de Gramont, foi um divisor de águas.
 
As conquistas das mulheres foram grandes, muitas atitudes discriminatórias foram superadas, mas, as reivindicações não terminaram, há muitas questões ainda não solucionadas. Porém nunca deixem que as conquistas tirem o lado de mãe, o apoio, a doçura e o equilíbrio familiar. Enfim, nesta data em que as conquistas merecem ser festejadas. Aproveitamos a oportunidade para Parabenizar todas as mulheres e peço licença para felicitar uma em especial, a minha esposa Rosamelia, amiga, companheira e conselheira de todos os momentos. 
 
LÍDERES IRRESPONSÁVEIS: O Partido dos Trabalhadores, está convocando seus militantes para protestar no mesmo dia que o movimento pró impeachment realizará suas manifestações, ou seja, no próximo dia 13. Ora, sempre defendemos que todos têm direito a se manifestar, mas para que provocar um confronto em manifestação que está agendada e sendo divulgada há muito tempo? Por que não realizar suas manifestações em outra data, trazendo os argumentos e comprovações que possam isentar o governo e os líderes petistas de qualquer acusação? Os órgãos de segurança e as lideranças das manifestações pró impeachment temem que haja confusão descontrolada no próximo domingo, principalmente porque nomes de influência dentro do PT, bem como militantes, irresponsavelmente têm divulgado vídeos cheios de ódio na internet, chamando as pessoas para uma “guerra” contra os oposicionistas. Estão usando as redes sociais para dizer que vão “invadir” todos os lugares onde os oposicionistas combinarem de protestar. 
 
Quando será que vão entender que as “batalhas” entre defesa e acusação têm que ficar restritas aos Tribunais? E que enfrentamentos, ocorrências de violência, danos ao patrimônio público e privado, além de desacato contra policiais etc, não levarão à nada. Se os acusados possuem documentos que comprovem suas evoluções patrimoniais, que as apresentem e evitem ato que poderá trazer conseqüências imprevisíveis. Que aqueles que estão fomentando tais “guerras”, principalmente líderes partidários, sejam devidamente informados de que irão responder pelos seus atos, caso ocorram confrontos e depois não venham dizer que são “pobres inocentes perseguidos pelos ricos”.
 
 
Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário - toninhomenezes@netsite.com.br
 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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