
O jornalista Hélio Rodrigues Ribeiro estava em casa, em Pedregulho, na noite de ontem, quando recebeu uma ligação da nora dizendo-se preocupada com a demora do marido. Hélio, imaginou que carro do filho Hérick Rodrigues tivesse dado algum problema mecânico.
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Ele saiu pela rodovia Cândido Portinari com a intenção de prestar socorro. Quando chegou no quilômetro 429, encontrou viaturas da polícia e dois carros destruídos. “Foi então que tive, como pai, uma das piores experiências da minha vida, que foi ver o filho já morto, dentro do carro ali, preso às ferragens”.
O relato dramático foi feito por Hélio Rodrigues ao programa Hora da Verdade, da rádio Difusora, apresentado por Leandro Vaz e Corrêa Neves Júnior. “Como editor de polícia, cobri tantas e tantas tragédias, inclusive, morte dos estudantes que caíram com o ônibus na curva da morte. Já vi de tudo, mas nunca esperava que fosse ver o filho naquela situação que, infelizmente, tive de ver ontem à noite”.
Hélio contou que o filho havia participado de uma reunião de trabalho em Franca e, depois, seguido para Claraval, onde prestava assessoria para a Câmara de vereadores. “À noite, ele ligou para esposa dizendo que estava voltando. Com a demora, a esposa dele ficou preocupada e ligou aqui para a gente. Eu resolvi sair para procurar. Acreditava que tinha dado algum problema no carro e que ele estivesse fora de área de sinal de celular. “Me dirigindo ao local, acabei por deparar com os veículos naquela situação. Infelizmente, meu filho morto nas ferragens”.
Hélio Rodrigues disse que as circunstâncias do acidente ( o outro motorista teria tentado fazer uma ultrapassar proibida e a polícia suspeita que sua habilitação seja falsa), deixam a família ainda mais revoltada, mas que acredita em Deus para superar o momento de dificuldade. “Tô me segurando aqui, porque é dever de pai, dever de chefe de família, mas sei que cedo ou tarde vou desabar. Deus nos dá e, com certeza, vai nos dar muita força, mas, realmente, perder um filho, principalmente, como era o Hérick, uma pessoa que conquistava todo mundo, era querido por todos, no auge de sua vida, no auge da carreira, iniciando uma vida familiar, não tem explicações”.
Hérick havia se casado há quatro meses, no dia 27 de novembro. No dia em que morreu, faltava um mês para ele completar 28 anos. Deixou o filho Vinícius de quatro anos. “É a sementinha que ele deixou para a gente cuidar com muito carinho e preservar. É um menino fantástico, puxou muito ao Hérick em termos de ternura”.
O velório de Hérick está sendo realizado em Pedregulho e o sepultamento acontecerá no cemitério da cidade às 17 horas.
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