Todo aquele, pois, que escuta as minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E aquele que ouve as minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia’. 

(Mateus, 7.24-26)

 

Segundo Jesus, a nossa vida aqui na terra é semelhante a uma construção. Cada ato, cada atitude, cada decisão são tijolinhos a mais neste edifício. Alguns se contentam em construir simples choupanas ou cabanas, outros se desgastam, estressam-se em fabricar para si palácios deslumbrantes ou mansões grandiosas. 

 

Não importa. Para Jesus só existem dois tipos: As que caem e as que permanecem de pé. No texto citado encontramos esses dois tipos de existência, simbolizados nas casas construídas na areia e sobre a rocha. 

 

Algumas pessoas são como a casa construída na areia. Sem fundamento sólido, são frágeis e não suportam grandes tempestades da vida. Algumas são como a casa construída sobre a rocha, inabaláveis no dia da adversidade. O que fazer para que nossa vida não seja construída na areia? O que fazer para que não construamos uma existência que não resiste aos vendavais das incertezas e termine numa grande ruína? Se nós quisermos construir uma existência sólida é necessário atentar para duas grandes verdades:

 

1. A segurança de uma vida é determinada pela solidez dos fundamentos. O valor de uma casa não é apenas o tamanho de seus cômodos, o acabamento de suas paredes ou a sua cor. O valor de uma casa está principalmente na solidez de seus fundamentos. Caso contrário, toda construção perde o valor. 

 

Segundo o ensino de Jesus, assim é a nossa vida. Se os fundamentos forem fracos, tal qual aquela casa construída na areia, tudo mais perde o significado. Se os alicerces estiverem comprometidos, quanto maior for à casa de nossa vida, mais insegura ela será e maior sua ruína quando vier abaixo. 

 

Portanto, é tolice estar com muito cuidado apenas com a aparência, enquanto os fundamentos estão indo embora. Sem firmes fundamentos, todo o esforço gasto na ornamentação e embelezamento da vida fica perdido. 

 

2. O sólido fundamento é a Palavra de Deus. Nesta parábola, Jesus nos ensina que nada adianta ouvirmos a sua palavra e não praticá-la. Aqueles que a ouvem e não procuram vivê-la, jamais conseguirão dar estabilidade à casa. 

 

Quem quer construir uma existência sólida tem que atentar para esse fato. Não basta apenas ouvir, é preciso vivenciar os ensinamentos de Jesus. É justamente nessa hora que se chega à conclusão de ter construído a nossa vida sobre a rocha ou sobre a areia. 

 

Por quê? Porque antes da tempestade a casa edificada sobre a areia parece tão firme e sólida quanto a que foi cuidadosamente edificada sobre a rocha. São muitos os que, não tendo Deus em suas vidas, assim pensam quando comparam as suas vidas com a daqueles que buscam servir a Deus. 

 

Nesse momento, Deus, aos olhos desses, parece ser investimento desnecessário, desperdício de tempo. ‘Afinal, ambas as casas estão de pé’, mas apenas até o dia em que a tempestade da vida e os ventos da tribulação dão contra a nossa vida. Ai, a existência erguida na areia movediça de amparos humanos vem abaixo, em completa ruína. 

 

Portanto, hoje somos desafiados a rever os fundamentos de nossa vida. Quem quer erguer uma existência que permaneça firme em todas as circunstâncias da vida, tem que construir sua vida sobre a Rocha (Jesus) — alicerce inabalável da palavra de Deus. Deus nos ajude.

 

 

 

Pastor Isaac Ribeiro

presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus/Franca - Ministério Missão