A Cúpula do Clima da ONU, que está sendo realizada em Paris, provavelmente se resumirá aos discursos políticos e econômicos dos mais de 150 chefes de Estado ou governos. Há intenções que nunca se realizam. Vemos que o dinheiro tornou-se o ‘senhor do mundo’, e nada mais importa. 

 

Para autoridades e a maioria dos cidadãos deste planeta, gente sem nenhuma consciência ambiental, como as previsões catastróficas ainda vão ‘demorar um pouquinho’, não estão nem aí e não abrem mão, de forma nenhuma, da questão econômica e das comodidades da vida atual em prol da defesa e da manutenção do equilíbrio natural do ambiente.

 

Nós somos a favor do desenvolvimento, de desenvolvimento sustentável, ou seja, retirando da natureza somente a quantidade que o sistema ambiental consegue repor sem nenhum prejuízo global. O equilíbrio dessa equação é fundamental. Muitos, porém, não veem assim e continuar a sugar da natureza muito que do que necessitam para viver bem.

 

O grande problema do aquecimento global que nenhuma autoridade tem a coragem de ‘mexer’ está nas matrizes energéticas baseadas em carvão e petróleo, grandes responsáveis pela emissão do dióxido de carbono que está muito além da capacidade do meio ambiente manter equilibrado em limites toleráveis. 

 

A dificuldade de conscientizar está principalmente em nossa incapacidade humana de visualizar a emissão de tais gases através de escapamentos de automóveis, turbinas de aviões, nas indústrias etc. 

 

Como não vemos, muitos acreditam que não é tão sério. Na verdade pesquisadores e autoridades sabem perfeitamente que temos que mudar radicalmente a forma energética que utilizamos e passar a utilizar energia solar e eólica, única forma de tentarmos reverter o caminho que a humanidade segue rumo à catastrófica situação do aumento de temperatura global. A consequência de não fazer será o fim da vida atual sobre a Terra. Quem terá, mesmo reconhecendo a gravidade da situação, coragem para enfrentar sistema multitrilionário que domina o mundo e se enraiza na questão energética global?

 

A Organização Meteorológica Mundial anunciou que 2015 é o ano mais quente que se tem notícia, com elevadas temperaturas na superfície dos oceanos, causando derretimento do gelo dos polos e da destruição de escudo protetor da Terra — a camada de ozônio — e armando imprevisibilidades catastróficas para os próximos anos. 

 

Solução ainda temos. Basta incentivar e retirar impostos para a implantação de sistema de energia solar para novas construções. Da mesma forma investir em veículos movidos a energia solar; aproveitamento do potencial da energia eólica e, especialmente, punir com rigor quem descumprir regras ambientais. 

 

Há que se ter a coragem de dizer a verdade sobre o aquecimento e a mudança da inclinação do eixo terrestre para que se tomem ciência da gravidade da situação. Talvez não ainda. Dessa Cúpula Ambiental da ONU, de prático, não podemos esperar muito, como sempre!

 

PENSAR PEQUENO: Em razão do movimento comercial que melhorou no último final de semana, voltamos ao assunto. Quem desce pela avenida Rio Amazonas e quer retornar para ter acesso ao Franca Shopping, encontra pequenino trecho disponível. Colocaram obstáculos lá, inutilizando grande área e deixando espaço útil que mal comporta três veículos. No último final de semana, veículos que queriam retornar, aguardavam que o exíguo espaço fosse liberado e isso, estava interditando uma das faixas da av. Rio Amazonas. Enquanto isso, a enorme área asfaltada e indisponível, estava lá sem nenhuma finalidade. 

 

 

Toninho Menezes

advogado, professor universitário - toninhomenezes@netsite.com.br