Várias espécies de dinossauros viveram no território brasileiro


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O primeiro nome de uma espécie costuma ser uma referência ao lugar onde os fósseis foram  encontrados; o segundo nome diz respeito ao paleontólogo que os encontrou
O primeiro nome de uma espécie costuma ser uma referência ao lugar onde os fósseis foram encontrados; o segundo nome diz respeito ao paleontólogo que os encontrou
Quando assistimos a filmes sobre dinossauros ou lemos a respeito desses animais que viveram no planeta Terra há milhões de anos, sendo extintos por conta de meteoritos que caíram sobre a superfície e provocaram  grandes danos ao meio ambiente,  não costumamos nos lembrar de que muitos viveram no território que hoje é o Brasil. Vamos listar  aqui as principais espécies que os paleontólogos já descobriram até hoje. Na verdade, encontraram conjuntos de fósseis que analisados revelaram pertencer a famílias diferentes. Vamos ver onde e quando estes fósseis foram encontrados, seu nome científico e as principais características. 
 
 
Baurutitan britoi
Encontrado no distrito de Peirópolis, em Uberaba (MG), em 1957, esse herbívoro viveu há 70 milhões de anos. Com quatro metros de altura e 12 metros de comprimento, ele pesava 30 toneladas. A espécie foi descrita apenas em 2005. O nome do gênero (Titã de Bauru) se refere à formação geológica de Bauru, à qual pertence Peirópolis. O nome da espécie homenageia o paleontólogo Ignacio Aureliano Machado Brito
 
Uberabatitan ribeiroi
É o maior  dinossauro herbívoro brasileiro já encontrado. Media  seis metros de altura, 20 metros de comprimento e pesava 16 toneladas. A partir de fósseis encontrados na Serra da Galga, em Uberaba (MG), em data desconhecida, a espécie foi descrita em 2006. O nome do gênero significa “Titã de Uberaba” e o nome da espécie homenageia Luiz Carlos Borges Ribeiro
 
Pampadromaeus barberenai
Herbívoro, media apenas 50 centímetros de altura e 1,2 metro de comprimento, pesando cerca de 15 quilos. Viveu há 228 milhões de anos e foi  encontrado em 2011 perto de Agudo (RS).  O primeiro nome  significa “corredor dos pampas”.  O segundo é homenagem ao paleontólogo gaúcho Mário Barberena.
 
Staurikosaurus pricei
O estauricossauro viveu há 227 milhões de anos. Seus fósseis foram encontrados em fazenda perto de Santa Maria (RS), em 1937. Carnivoro, pesava 30 quilos, tinha um metro de altura e 2,5 metros de comprimento.  O primeiro nome significa “lagarto Cruzeiro do Sul” e o segundo homenageia seu descobridor, Llewellyn Price.
 
Unaysaurus tolentinoi
Este pesava 70 quilos, media 70 centímetros de altura, tinha  dois metros de comprimento. Viveu há 225 milhões de anos. Foi encontrado em 2004.  Unay significa “água negra” em tupi. O  primeiro nome tem relação com a localidade de Água Negra, onde os fósseis foram encontrados. O segundo é homenagem ao seu descobridor, Tolentino Flores Marafiga. 
 
Amazonsaurus maranhensis
Com três metros de altura, 10 metros de comprimento e pesando 10 toneladas, este dinossauro  viveu há 100 milhões de anos. O animal recebeu o nome em homenagem à região Amazônica do Maranhão por ter sido encontrado em Itapecuru-Mirim (MA), em 1991. 
 
Adamantisaurus mezzalirai
Os fósseis foram encontrados durante a construção de uma estrada de ferro na região de Flórida Paulista (SP), em 1958. A espécie foi descrita em 2006. Viveu há 70 milhões de anos, era herbívoro, pesava 12 toneladas, tinha quatro metros de altura e 15 metros de comprimento. O nome do gênero significa “Lagarto de Adamantina”, local da descoberta. O nome da espécie homenageia Sérgio Mezzalira, que descobriu os fósseis. 
 
Aeolosaurus maximus
Encontrado perto da cidade de Monte Alto (São Paulo), era herbívoro, viveu há 90 milhões de anos e já era um gênero conhecido na Argentina, ao ser descoberto no Brasil em 2011. A espécie foi batizada de “maximus” por causa do seu tamanho: com cerca de 15 metros de comprimento, ele é maior que o Aeolosaurus rionegrinus e que Aeolosaurus colhuehuapensis, conhecidos na Argentina.
 
Pycnonemosaurus nevesi
Descoberto em 2005 na Fazenda Roncador, na Chapada dos Guimarães, na década de 1950, era carnívoro e viveu há 70 milhões de anos. Tinha 3,5 metros de altura, nove de comprimento e pesava duas toneladas. O nome do gênero é formado pela palavra grega “pycnós” (denso) e pelas palavras latinas “némos” (mata) e “saurus” (lagarto) e significa “lagarto da mata densa”. O nome da espécie é homenagem a Iedo Batista Neves, que incentivou a pesquisa. 
 
Irritator challengeri
Tinha três metros de altura, oito de comprimento, pesava duas toneladas. Carnívoro, viveu há cerca de 100 milhões de anos. Um crânio de 80 centímetros  foi encontrado nas mãos de traficantes de fósseis. O nome do gênero (Irritator) se refere à irritação dos pesquisadores - que o estudaram em 1996 – com os criminosos.  O nome da espécie faz menção ao  personagem Challenger, do romance O Mundo Perdido, do escocês Arthur Conan Doyle.

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