
Entre janeiro e outubro deste ano foram registrados 106 casos de catapora em Franca, contra 82 no mesmo período do ano passado. O número representa um crescimento de 29,2% e levanta um alerta sobre a importância da vacinação e dos cuidados para prevenir a transmissão da doença que, em alguns casos, pode terminar na hospitalização dos infectados. A varicela, mais conhecida como catapora, é altamente infecciosa e de fácil transmissão, por isso, normalmente, escolas e creches sofrem surtos da doença.
Caracterizada principalmente pelo surgimento de bolhas vermelhas na pele, espalhadas por todo o corpo, que causam coceira e outros sintomas, a catapora é altamente contagiosa para quem nunca teve a doença ou não foi vacinado.
No bairro Jardim Milena, em uma escola que atende crianças a partir dos 4 meses, foram registrados 17 casos apenas nas últimas semanas. Segundo a coordenação da unidade, sempre que um caso é identificado os pais são orientados a encaminhar as crianças ao médico, sendo necessária a liberação do profissional para o retorno às atividades. O vírus fica encubado entre 10 e 21 dias, o que facilita o contágio.
De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, José Conrado Netto, por tratar-se de uma doença de fácil transmissão, a partir do registro de dois casos, já é considerado um surto. “Toda escola é orientada a notificar a Vigilância Epidemiológica desde o primeiro caso. No momento em que é registrado o segundo, já providenciamos a vacinação de todas as crianças entre 1 e 5 anos que ainda não tiveram a doença e não foram vacinadas, para evitar a transmissão”, disse.
Com apenas 1 ano e 3 meses, a filha da vendedora Renata Vieira Garcia começou a sofrer com os sintomas da catapora no último fim de semana. “No domingo apareceram as bolhas, mas ela não apresentou nenhum dos outros sintomas. Fico com pena agora que ela está começando a coçar as feridas, mas ela está medicada e passo pasta d’água para melhorar a sensação de coceira”, disse.
Transmissão
Facilmente transmitida para outras pessoas, a doença é passada por meio do contato com o líquido das bolhas ou por meio de tosse ou espirro. A transmissão acontece entre os dois dias antes de a doença irromper no corpo. Até mesmo aqueles que não apresentam sintomas da doença, mas estão infectados, podem transmiti-la.
De acordo com Conrado Netto, a indicação principal para evitar o contágio é afastar as crianças com diagnóstico positivo do convívio com todos os que ainda não tiveram a doença ou não receberam a vacina.
Prevenção
Segundo Conrado Netto, a principal forma de prevenção é a vacinação. Disponível na rede pública, a vacina tetraviral, que imuniza contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e catapora, é realizada a partir dos 15 meses.
Sintomas
O principal sintoma da catapora são as bolhas que aparecem na pele, mas febre, mal-estar, dor de cabeça e falta de apetite também são observados em muitos casos.
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