As lagartixas não são espécies nativas do Brasil. Seu habitat foi por longo tempo apenas a África. Elas aqui chegaram no século XVIII, nos navios que transportavam africanos que seriam escravizados para o trabalho nos engenhos e lavouras do nosso país. Hoje estão presentes em todas as regiões brasileiras, e também do mundo, tanto em áreas verdes como nos centros urbanos. É comum aparecerem em casas, prédios, apartamentos, pois se adaptaram às novas formas de viver do ser humano.

 

Esses animais apresentam hábitos noturnos. Alimentam-se de aranhas, gafanhotos, cupins, baratas, grilos, gafanhotos, mariposas, mosquitos e formigas. São portanto importantes no controle das pragas domésticas. Passam boa  parte do tempo imóveis à espreita de suas presas, podendo se aproximar das mesmas lentamente para depois capturá-las com uma rápida mordida.

 

A camuflagem é uma impressionante estratégia de caça e de defesa utilizada pelas lagartixas em seus ambientes. Ao assumir a coloração do local, podem não ser vistas por seus predadores, como cobras, aves e mamíferos. Essa alteração da coloração da pele é resultado de alteração de hormônios, que por sua vez dependem da informação das condições da luminosidade captada pelos olhos ou por células especializadas  espalhadas pela pele das lagartixas.

 

Uma curiosidade sobre a lagartixa é que algumas espécies conseguem se comunicar vocalmente através de ruídos, coisa incomum para répteis. Além do mais, é um dos únicos animais do planeta que consegue  aderir em quase qualquer superfície e até escalar o vidro. Essa capacidade incrível se dá porque as patas da lagartixa são cobertas com microscópicos pelinhos e isso gera uma atração magnética.