De Franca para a França: conheça a Dona Flor


| Tempo de leitura: 3 min
Adilson Franzin e Alessandra Cintra formam a Dona Flor
Adilson Franzin e Alessandra Cintra formam a Dona Flor
Apaixonada por música popular brasileira, por Franca e pela França. Formada em Letras pela Unesp de Araraquara, Canto Popular na EMESP, em São Paulo, e Educação Musical na UFSCAR e cursando o último período de graduação em Musicologia na Universidade Paris 8, em Paris, a francana Alessandra Cintra Alarcon, 31, esteve de volta na terra das Três Colinas neste mês para rever seus familiares e seguiu para Araraquara para concretizar seu sonho: gravar o primeiro CD. Integrante da banda Dona Flor, ao lado de Adilson Franzin, um projeto que existe há 12 anos, Alessandra lançou pelas redes sociais uma campanha para arrecadar recursos para a gravação do disco. Confira mais detalhes em nosso Jogo Rápido:
 
Quando começou a se interessar por música? 
Desde muito pequena eu adorava cantar. Aos oito anos, comecei a fazer aulas de violão na escola Toccanta da professora Maria Aparecida Cintra, onde tive a oportunidade de iniciar meus estudos musicais e subir ao palco pela primeira vez. Aos 12 anos, participava do coral juvenil da Escola Municipal de Iniciação Musical “Roberto Ambrósio Topete”. O canto para mim era algo natural e muito prazeroso. Até existia em mim um sonho, mas, ao mesmo tempo, tinha muito medo e insegurança, pois ser cantora era algo muito distante de minha realidade, visto que não há nenhum músico em minha família.
 
Como nasceu o grupo Dona Flor? 
Em 2003, ingressei no curso de Letras, da Unesp de Araraquara, onde conheci o violonista Adilson Franzin e o percussionista Dado Mendes. Na época, tocávamos informalmente em alguns saraus e festas da universidade, mas aos poucos, fomos ganhando espaço e passamos a tocar em eventos maiores de Araraquara: em SESCs da região e em diversos festivais pelo Brasil, defendendo nosso trabalho de músicas autorais.
 
Por que você resolveu se mudar para a França? 
Sempre tive grande admiração pela língua e pela cultura francesas, pois no curso de Letras tínhamos aulas de francês. Além disso, o percussionista Dado Mendes, que já tinha vivido alguns anos na Inglaterra, tinha um projeto de se mudar para a França ao final da faculdade. Então, nós começamos a planejar essa experiência juntos com o objetivo de tocarmos na França e de nos aperfeiçoar na língua francesa.
 
Como é sua carreira na França? 
Moro em Paris e viver em outro país é uma experiência muito enriquecedora. Faço shows em Paris, em algumas cidades vizinhas ou mesmo em eventos mais distantes da capital. Já me apresentei em muitas casas de shows renomadas de Paris como o Le Baiser Salé, La Bellevilloise, Bab-Ilo, Cave du 38 Riv, La Barricade, Manfred, Lusofolies, Petit Théâtre du Bonheur, entre soirées particulares e concertos ligados às universidades. Atualmente, estamos buscando ampliar nossos horizontes e tocar em outros países da Europa. 
 
Você veio ao Brasil para gravar o primeiro álbum da Dona Flor. O que podemos esperar dele? 
Estou muito feliz de estar aqui no Brasil para a gravação do primeiro disco da Dona Flor. Nosso álbum será gravado em Araraquara, cidade na qual temos contato com músicos muito talentosos, como o bandolinista Carrapicho Rangel que fará a produção musical do disco. Portanto, esse CD será o fruto de 12 anos de trabalho da Dona Flor e contará, principalmente, com canções do violonista e compositor Adilson Franzin e algumas parcerias. Ele se chamará Outras Margens. Para a gravação do nosso CD, lançamos uma campanha de financiamento coletivo (pré-venda do CD em nossas redes sociais), iniciativa cada vez mais comum no meio artístico independente, como resposta às dificuldades dos artistas conseguirem verba de gravadoras ou de leis de incentivo para a realização de seus projetos nos dias atuais. Por isso, nós convidamos todos a participarem e a contribuírem.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários