
“Nome sujo” na praça e necessidade de alugar um imóvel, seja residencial ou comercial. Estes são aspectos sem a menor possibilidade de um final feliz para alguém que vive a situação de fechar ou renovar um contrato de aluguel. Certo? Errado.
O próprio mercado de imóveis busca maneiras de atender interessados em locar um imóvel mesmo sem fiador ou análise de crédito. Qualquer pessoa sabe que fiador ou crédito são pré-condições para se apresentar como pretendente a um imóvel alugado. Exigências como estas excluem um número considerável de pessoas.
Para qualquer um hoje em dia, obter um fiador é considerada missão praticamente impossível. Aborrecimentos são evitados caso essa alternativa não seja utilizada. Para isso, ao candidato a locatário há o seguro fiança locatícia. Nada mais é do que um seguro capaz de cobrir todo tipo de despesas com o aluguel de um imóvel, sem precisar de alguém que assegure o negócio. A renovação será automática, mas quem não for aprovado da primeira vez possui outra saída.
Emílio Torres Júnior, 48, corretor de imóveis e especialista no assunto, explica que mesmo com “nome sujo” uma pessoa pode ser aceita pelo mercado. “Basta fazer um título de capitalização de valor a ser combinado. Geralmente, pessoas com problemas de crédito têm reservas que podem ser usadas em situações como essa. Isso evita o fiador e a análise de crédito”, conta.
Fácil? Não, assegura Torres Júnior. As partes - locatário e imobiliária - devem entrar em acordo sobre o valor do título de capitalização e o interessado precisa ter ciência de que não estará fazendo um investimento, mas sim uma manobra financeira para lhe possibilitar alugar um imóvel. “O objetivo do título é oferecer garantia a quem o aluga. O negócio é fechado por períodos entre 12 e 15 meses e fica garantido ao dono do título o resgate de 100% da aplicação ao final do tempo previsto. Isso, claro, se não houver débitos pendentes com a imobiliária em questão”, explica.
Várias seguradoras oferecem o serviço. A Sul América foi a pioneira nessa modalidade de serviço. A Porto Seguro também participa deste mercado. Hoje, segundo Torres Júnior, por mês ele atende em média dez interessados em fazer simulações para concretizar esse tipo de negócio. O título de capitalização tem correção com base na poupança e na TR e o valor mínimo a ser contratado é R$ 2 mil. Cada imobiliária define o quanto aceita para cobrir um contrato. Geralmente, esse montante não ultrapassa dez vezes o valor mensal do aluguel pretendido. Ou seja, para um aluguel de R$ 500 mensais, pede-se um título de R$ 5 mil a ser pago de uma vez só antes de fechar contrato. O dinheiro fica atrelado à seguradora e será usado para cobrir eventuais despesas ao final do contrato ou ser resgatado integralmente.
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