Após cinco décadas como protagonista de um dos últimos regimes comunistas no mundo, o ditador que, de certa forma, enfrentou os Estados Unidos com todo o seu poderio militar e influência mundial, deixou o cenário político de Cuba. Em fevereiro de 2008, Fidel Castro renunciou à liderança da ilha da América Central, bem como à chefia do Partido Comunista cubano. Com a saúde debilitada, passou o controle do País para o seu irmão, Raúl Castro, gerando especulações e expectativas de abertura política, que gradualmente vêm se confirmando.
O ano de 2008 ainda teria surpresas negativas e positivas, sendo as primeiras de impacto econômico no mundo todo. Em setembro daquele ano, após o pedido de concordata do Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos americano e atuante no mercado havia 158 anos, o mundo começa a tomar conhecimento do tamanho da crise gerada pela bolha imobiliária nos Estados Unidos.
A crise dos subprimes, entendida como sendo financiamentos de imóveis pelo sistema financeiro sem a segurança de pagamento futuro, se alastrou por outras instituições e atingiu diversos países gerando a maior crise financeira após a quebra da bolsa de Nova York, em 1929.
Empresas como o Citygroup e Merril Lynch anunciaram perdas bilionárias em seus balanços, o que favoreceu a transposição da crise para países europeus de economia sólida, como a Alemanha. Islândia, Portugal, Espanha e Grécia foram alguns dos mais afetados, com seus sistemas financeiros abalados e dependendo de repasses de mais de US$ 1 trilhão da União Europeia.
O abalo na economia foi um dos argumentos mais explorados na campanha do candidato democrata Barack Obama, senador eleito pelo Estado de Illinois, em sua corrida para a presidência dos Estados Unidos. Em novembro de 2008, Obama torna-se o primeiro negro eleito presidente, fato comemorado em todo o mundo. Em novembro de 2012, disputou o cargo novamente e foi reeleito para mais quatro anos de mandato.
No ano seguinte, em 2009, o mundo inteiro recebe atônito a notícia da morte do cantor Michael Jackson, aos 51 anos, enquanto acompanha em tempo real as transmissões pelos canais de TV americanos. Prestes a abrir uma turnê pela Europa, o rei do pop, o artista que mais vendeu discos na história da música, teve uma parada cardíaca após uma overdose do anestésico Propofol e não resistiu.
No começo de 2010, o Haiti, país considerado o mais pobre do continente europeu, é sacudido por uma sequência de terremotos, deixando mais de 300 mil mortos e danos generalizados em sua já deficiente infraestrutura, incluindo a capital, Porto Príncipe. Nos abalos, membros da missão de paz da ONU, comandada pelo Brasil, são encontrados mortos. Uma das perdas mais sentidas foi a da médica e missionária brasileira, Zilda Arns.
Perto de um ano depois, em março de 2011, outro terremoto, desta vez na costa do Japão, com 8,9 graus na escala Richter, considerado o maior da história daquele País, gerou um tsunami que varreu a costa japonesa com ondas de mais de 10 metros de altura em alguns pontos, deixando milhares de mortos e desaparecidos, cujos números são imprecisos. A tragédia japonesa foi ampliada pela destruição completa da usina nuclear de Fukushima e da cidade de Sendai.
Quase uma década depois de iniciar uma frenética busca pelo terrorista mais procurado do mundo, forças especiais dos Estados Unidos localizam e matam Osama Bin Laden, considerado o mentor dos atentados de setembro de 2001. Bin Laden foi localizado na casa em que morava, no Paquistão. Após ser levado morto pelos soldados, seu corpo fora, oficialmente, jogado ao mar, seguindo rituais islâmicos. Sua captura, no entanto, ao contrário do que se supunha, não diminuiu as ações terroristas ao redor do mundo.
No mesmo ano, em 2011, as tropas americanas sediadas no Iraque começam sua desmobilização. Em Bagdá, capital do País, uma cerimônia discreta marcou a retirada das tropas, marcando o fim da invasão, que começou em 2003, e custou a vida de 4.483 militares americanos e perto de 115 mil civis iraquianos.
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