Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul começou a vigorar em 1º de janeiro de 1995, estabelecendo uma zona de livre comércio com eliminação progressiva das barreiras alfandegárias entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A maior parte dos produtos passou a ser negociada sem tarifas de importação, mantendo-se algumas limitações alfandegárias que devem ser gradualmente extintas.
Para especialistas, o objetivo do Mercosul pode ter sido alcançado, mas o projeto não avançou como se esperava ao passo em que encontra dificuldades em interagir com outros órgãos similares, como Alca (Canadá, Estados Unidos e México) e o mercado comum europeu.
Em janeiro de 1999, o euro se converte em moeda oficial da Bélgica, Espanha, Finlândia, Alemanha, França, Áustria, Grécia, Holanda, Itália, Irlanda, Portugal e Luxemburgo. Apesar de integrarem a União Europeia, a Suécia, o Reino Unido e a Dinamarca decidiram não adotar a moeda única.
Longe das notícias econômicas, um dos destaques da década surge na forma de uma comoção coletiva, desencadeada pela morte da princesa Diana, da Inglaterra, morta em um acidente de carro na França, em setembro de 1997, teoricamente após seu carro bater em um túnel depois de fugir da perseguição de fotógrafos conhecidos por “paparazzi”.
Em abril de 1999, depois de tentativas frustradas de mediar a paz nos Bálcãs, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), liderada pelos Estados Unidos, ataca a extinta Iugoslávia, após iniciada a Guerra do Kosovo. O conflito entre separatistas albaneses e o governo central iugoslavo envolve civis e transforma grande parte da população albanesa em refugiados.
Mas nenhum outro episódio que se comente dentro da década de 1995 e 2004 se iguala em proporções, choque e terror quanto aos ataques desferidos contra as torres do World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.
Na manhã daquele dia, o mundo assistiu atônito às imagens dos dois boeings da aviação civil se chocando contra os dois prédios, um dos símbolos do poder americano, derrubando-os poucas horas depois, fazendo milhares de vítimas dentro e fora delas.
O ataque terrorista do 11 de setembro ainda chegou ao Pentágono, sede do Departamento de Defesa e representação máxima do poderio militar dos Estados Unidos, onde caiu e explodiu danificando parte do prédio. Um quarto avião caiu em campo aberto no Estado da Pensilvânia. Mais de 3 mil pessoas, incluindo os 227 passageiros e 19 terroristas dos quatro aviões, morreram nos ataques. O evento chocou o mundo e a responsabilidade recaiu sobre Osama Bin Laden, líder do grupo Al Qaeda.
A reação americana aos ataques foi praticamente imediata. Um mês depois, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, liderando uma coalizão de países, com o objetivo de encontrar e capturar Bin Laden e enfraquecer o regime do Taliban.
A “guerra ao terror”, que foi como ficou sendo conhecida a política militar americana pós 11 de setembro, levou o país a invadir o Iraque, em março de 2003, começando pela capital, Bagdá. Em dezembro daquele ano, 10 meses depois da ocupação, o ditador iraquiano Saddan Hussein é localizado por soldados americanos em um buraco. Preso, é condenado à morte.
O novo século, que começou marcado pela tragédia sem precedentes das torres americanas, captada segundo por segundo por emissoras e televisão e veiculadas na rapidez da internet, teria ainda um outro capítulo triste, com o tsunami que assolou o sul do continente asiático, num dos maiores desastres naturais da história. Perto de 230 mil pessoas morreram na Índia, Sri Lanka e Indonésia, após as ondas do Oceano Índico invadirem a costa desses países.
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