São duas décadas de diferença no tempo, mas os problemas enfrentados pela população de Franca no final dos anos 1990 são, com algumas exceções, praticamente os mesmos de hoje. Salários de servidores municipais estavam atrasados, os preços de produtos da cesta básica que haviam disparado e ainda sobrava a desinformação e o temor de corte no fornecimento de energia elétrica para os consumidores que não conseguissem economizar nas contas de luz.
A saúde, como sempre, aparecia nos noticiários de forma negativa, como quando, após três atendimentos no pronto socorro infantil, a menina Rízia Maria Eurípedes de Oliveira, de cinco anos, morreu, supostamente vítima de negligência médica, em 1998.
O Brasil tinha passado, naquele ano, por um apagão de energia de grandes proporções, o que levou o Governo Federal a implementar um duro plano de racionamento. Foi nesse período que comerciantes e moradores passaram a ser atingidos por normativas que proibiam fachadas de lojas, centros comerciais e até garagens particulares com luzes acesas fora de casos extremamente necessários.
Com frota de veículos em crescimento, a violência do trânsito fez a Prefeitura, durante a administração do ex-prefeito Gilmar Dominici (PT), tomar uma iniciativa até então inédita na cidade: a compra de radares fixos para controlar a velocidade e o ímpeto dos motoristas.
O funcionamento dos equipamentos gerou debates acalorados contra e a favor da Prefeitura, que começou a contabilizar as primeiras multas em novembro de 1999.
Neste mesmo ano, após um histórico de problemas recorrentes, a cadeia pública de Franca, conhecida como o “cadeião do Centro”, foi definitivamente desmantelada após uma operação que envolveu dezenas de policiais civis e militares na transferência de cem presos para a Cadeia do Guanabara.
No ano seguinte, em 2000, o prefeito Gilmar Dominici consegue sua reeleição, ao lado do vice, Cassiano Pimentel. Foi o período de ascensão do Partido dos Trabalhadores no cenário nacional, sendo o resultado mais visível dessa subida a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, em novembro de 2002. Nas eleições gerais daquele ano, apesar do grande número de candidatos a deputados estaduais e federais que disputavam o voto do eleitor francano, a cidade não conseguiu ter um representante em Brasília. Roberto Engler (PSDB) Gilson de Souza (no então PFL) emplacaram para mais um mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Para o basquete de Franca dificilmente outro período de tantos títulos se repetirá. Em 10 anos, a equipe foi campeã brasileira (1997, 98 e 99), campeã paulista (1997 e 2000), vice-campeã sul americana (1998) e campeã panamericana (1994, 97 e 99), além de vice, em 1996.
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