O mundo perto de uma nova guerra; luta contra racismo ganha força nos EUA


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John Kennedy e Jackie Kennedy em foto tirada na saída do aeroporto de Dallas, no dia 22 de novembro de 1963, data em que ele foi assassinado a tiros enquanto desfilava em um carro aberto
John Kennedy e Jackie Kennedy em foto tirada na saída do aeroporto de Dallas, no dia 22 de novembro de 1963, data em que ele foi assassinado a tiros enquanto desfilava em um carro aberto
O nome da costureira Rosa Parks (1913-2005) é desconhecido para o público brasileiro, mas a população negra americana a idolatra. Em dezembro de 1955, ela se recusou a ceder seu lugar para um homem branco se sentar no ônibus que a levaria ao trabalho. Presa, acusada de desobedecer às rígidas leis racistas vigentes nos Estados Unidos, sua atitude deu início a um boicote ao uso dos coletivos, liderada pelo reverendo Martin Luther King e que só acabou depois de 381 dias. 
 
A costureira é lembrada por se tornar uma referência na luta contra o racismo nos Estados Unidos, que não dava nenhum sinal de abrandamento, mesmo com a Suprema Corte determinando, em maio daquele ano, o fim da segregação racial. Em 1956, uma manifestação contra a entrada de uma universitária negra na Universidade do Alabama gerou protestos em cascata em vários Estados.
 
Enquanto a Europa seguia em sua reconstrução no pós-guerra, os sintomas da bipolaridade entre comunistas e capitalistas só pioravam. Os países do bloco oriental anunciam a criação do Pacto de Varsóvia, unindo militarmente os países que orbitavam em torno da Rússia, em resposta à criação da Otan (Organização Tratado do Atlântico Norte), envolvendo parte de países europeus, mais os Estados Unidos e Canadá.
 
A Guerra Fria, que não vivia apenas de ameaças mútuas e conflitos pontuais, usa a propaganda de ambos os lados. Em 1957, a União Soviética anuncia que colocou na órbita da terra o primeiro satélite da história, o Sputinik I.
 
No ano seguinte, Fidel Castro dá início à sua ofensiva contra o presidente Fulgêncio Batista, derrubando o governo e instituindo o regime comunista na ilha da América Central. Em julho de 1959, Castro é indicado presidente de Cuba.
 
Na Europa, em 1961, um dos símbolos do que significou esse período começava a tomar forma. O Muro de Berlim, separando os lados oriental e ocidental da cidade alemã, começa a ser erguido. 
 
A relação entre os dois lados piorou nos meses seguintes. Cuba e os quase vizinhos Estados Unidos deflagram a Crise dos Mísseis, em 1962, quando os soviéticos, em resposta à instalação de ogivas nucleares, pelos americanos, na Europa, tentam criar sua base na ilha de Fidel. 
 
Para quem estuda o período, uma terceira guerra mundial nunca esteve tão perto de acontecer. A situação foi normalizada após 13 dias de tensas negociações entre os presidentes americano, John Kennedy, e Nikita Khrushchov, da União Soviética.
 
O nome de Kennedy novamente dominaria as notícias em 1963, mas de forma trágica. Em 22 de novembro - e  candidato à reeleição -, ele foi assassinado a tiros enquanto desfilava em um carro aberto pelas ruas de Dallas, no Texas.

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