O ano de 1955 chega com novidades para o leitor do Comércio da Franca. O jornal, que por quase 40 anos circulou com edições semanais, passa a ser publicado em edições bissemanais. Sua estrutura, no entanto, manteve-se inalterada, por vezes circulando com quatro páginas, com seis ou eventualmente com oito.
Em fevereiro do mesmo ano, o diretor Ricardo Pucci, responsável pelo jornal desde junho de 1922, deixa o cargo. Em seu lugar assumem Alfredo Henrique Costa e Jorge Cheade. Em julho, quatro décadas após iniciar suas atividades, o Comércio passa a sair às ruas diariamente.
Em dezembro, o número de páginas, que também era praticamente inalterado desde a sua fundação, é incrementado. O Comércio é então publicado pela primeira vez com 18 páginas.
Com maior regularidade, o jornal já conseguia publicar fatos políticos. Assim, o estado de sítio decretado após o suicídio de Vargas merecia destaque na primeira página da edição de 1º de dezembro daquele ano. A instabilidade política fora abordada em outros textos, como o que tratava de uma suspeita visita de militares à residência de João Goulart, vice-presidente eleito na chapa com Juscelino Kubitschek.
Posteriormente, no dia primeiro de janeiro de 1956, Onofre Gosuen era notícia ao tomar posse como prefeito de Franca, após as eleições do ano anterior, em sucessão no cargo ocupado por Ismael Alonso y Alonso. Em sua mensagem de Ano Novo, o político, na mesma edição, pedia “proteção divina” para exercer a função.
A conquista da Copa do Mundo do Chile, pela seleção brasileira de futebol, ganhou espaço que até então não era dispensado a assuntos esportivos. Com quase meia página, o Comércio enalteceu a participação dos jogadores no torneio.
Em 1960, fica nítido o avanço da publicidade sobre as páginas do jornal. Logo na capa, o logotipo do Comércio, com o expediente do dia, perde espaço para a propaganda das Lojas Riachuelo, abrindo sua “monumental” campanha de vendas do mês de fevereiro. Após décadas longe de Franca, a rede de confecções e acessórios de moda voltaria à cidade em 2014.
O Aero Willys, “o veículo que tantos esperavam”, carro símbolo da indústria automotiva brasileira naquela década era apresentado pela empresa Lambert, instalada na Rua Diogo Feijó, em um enorme anúncio.
Nas mesmas páginas, os cines São Luiz, Santo Antônio, Avenida e Odeon disputavam o gosto do francano, num tipo de entretenimento que atraía muita gente às suas salas. O filme Orfeu do Carnaval era a atração do momento.
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