Principais coberturas (6)


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Em 2011 Comércio denunciou a situação caótica por que passava a Santa Casa de Franca
Em 2011 Comércio denunciou a situação caótica por que passava a Santa Casa de Franca
Em 2001 revolucionamos em São Paulo, e tivemos muito trampo por aqui. Já pensou em pagar por tratamento em hospital público? É assim: você paga pelo seu bolso e pelo SUS também! Ah, e o SUS também paga por internação de paciente que já está em casa, de alta, vivendo sua rotina. Essas são apenas duas de quase 20 irregularidades - que publicamos em um quadro - apontadas por uma auditoria da Procuradoria da República na Santa Casa de Franca. As denúncias, publicadas com exclusividade por nós, resultaram numa intervenção no hospital. Mas, como uma bola de neve, as DÍVIDAS DA SANTA CASA só cresciam, e os problemas também. Em 2011, noticiávamos R$ 42 milhões em dívidas e cortes nos atendimentos. O maior problema, agora, é que o valor pago pelo SUS por determinado procedimento não cobre os custos reais. É o drama de todo o sistema público de saúde. Impelidos pelo Ministério Público, Estado e município são obrigados a agir. Hoje, nossa irmã centenária, numa cogestão Fundação-Estado-município - com as dívidas renegociadas - caminha quase que plenamente na essência da filantropia que a criou há 118 anos.
 
Avançamos um ano. É 2002. Mais exatamente no dia 24 de abril, Franca se choca com outra notícia que também demos em primeira mão. “Bispo confirma: padre francano engravidou jovem de 16 anos.” Essa era nossa manchete. Imagine o escândalo. Mas não era tudo. Dois dias depois, em 26 de abril, mais uma bomba na manchete: “Padre Edson, irmão de padre Heliberto, também engravidou jovem francana”. Como assim? Dois padres irmãos? Dois padres irmãos pais? Dois padres irmãos pais de filhos de jovens? Pois é, meu irmão! Os padres Heliberto dos Santos e Edson Francisco dos Santos são irmãos. E engravidaram duas jovens paroquianas em Franca. Uma tinha 16 e a outra, 18. O caso chamou atenção do país inteiro. Cerca de 50 jornais e TV, entre Estadão, Folha e Band, vieram até nós para repercutirem. A igreja, que ainda não era a de Francisco, tentou abafar o caso, mandando os irmãos padres para outros Estados. Um foi “premiado”, mais tarde, com a transferência para Roma... Só para provar que nada é tão absurdo que não possa se tornar mais chocante, vale aqui uma ressalva: publicamos ainda que o padre pai do filho da jovem de 16 anos teria começado a se relacionar quando ela ainda era menina e tinha apenas 13 anos.
 
E surge um monstro! Ou dois? Não é o que você está pensando... Estamos falando do “Tarado da Unesp”, que aterrorizou principalmente estudantes da universidade estadual em Franca, entre 2001 e 2005. Um professor de dança foi preso em fevereiro de 2005, apontado como sendo o estuprador de universitárias. A prova: um exame de DNA que comprovava que era dele o esperma encontrado em um lençol que a polícia localizou um em terreno ao lado do apartamento de uma das jovens estupradas. Mas, em novembro do mesmo ano, outro homem é preso em Goiás. Ele confessa que invadiu 29 diferentes locais em Franca. Ele era o “homem-aranha”, condenado em vários processos por estupro. O apelido se deve à sua facilidade em escalar prédios. O professor de dança, então, acabou condenado apenas no caso do DNA. E o “tarado da Unesp” era, na verdade, o “homem-aranha”.

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