A nova sede do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), entidade que representa as empresas de sapato da cidade, foi entregue oficialmente na noite de ontem. A solenidade de inauguração reuniu lideranças do setor, convidados e políticos. Presença mais aguardada, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou sua presença duas horas após a assessoria de comunicação do governo ter enviado nota confirmando que ele viria. O governador estava em Brasília participando de um seminário internacional sobre segurança pública.
Embora a inauguração tenha sido feita ontem, o Sindifranca já estava atendendo na casa nova, na avenida Nazira Aidar, no Parque Moema, desde o dia 11 de maio. Antes, a entidade havia ocupado, por 30 anos, o mesmo endereço na rua Padre Anchieta, no Centro.
O imóvel tem 1.000 metros quadrados, dois pavimentos e recebeu investimento de R$ 1,3 milhão entre recursos do próprio setor e dos governos estadual e federal. O sindicato ocupa o andar superior, enquanto no térreo foi instalado o Instituto Cidade do Calçado, que tem o objetivo de promover a capacitação de profissionais do setor calçadista a partir de aulas de gestão e aprimoramento.
O presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto, disse em seu discurso que a inauguração é um momento histórico. “Hoje, o setor calçadista assume sua real dimensão nos cenários municipal, estadual e nacional. Marcamos nossa posição na proporção que exige e merece um segmento que gera 30 mil empregos diretos só na indústria calçadista.”
Brigagão lembrou que, apesar de ser o pilar da economia de Franca desde a sua fundação, é a primeira vez que a indústria calçadista tem sua bandeira hasteada. “Deixamos aqui um legado para a comunidade de Franca ao mesmo tempo em que sabemos que este é apenas o início. Enfatizo a importância da união de todos os calçadistas em sua entidade. Aqui, será o fórum para a gente se reunir e debater os problemas.”
Apreensão
Apesar do dia de festa, os calçadistas estão apreensivos com a crise econômica nacional, que também se reflete no setor. A queda nas vendas reduz a produção e provoca demissões. A Francal, que será em São Paulo no próximo mês, é uma esperança de dias melhores. “O cenário atual é preocupante em decorrência da situação que o país está atravessando. O ano é preocupante. Não vamos alcançar a produção prevista. Devemos perder em torno de 4,5 milhões de pares este ano. Esperamos que a Francal possa reverter a situação”, concluiu Brigagão.
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