Irara


| Tempo de leitura: 2 min
Ela tem um jeito esquisito, adora mel e sabe escalar  com rapidez um mamoeiro para apanhar a fruta de  que mais gosta.
Ela tem um jeito esquisito, adora mel e sabe escalar com rapidez um mamoeiro para apanhar a fruta de que mais gosta.
Airara é um mamífero onivoro, ou seja, alimenta-se de tudo o que puder encontrar-  de frutas a pequenos animais. Mede 60 centímetros de comprimento, com exceção da cauda, que é longa. Tem aproximadamente 40 centímetros de altura. É também conhecida no Brasil  pelos nomes de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos.  Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamada “cabeça de velho”. Sem dúvida, é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar “humano”.
 
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é parente da marta, um mamífero sobre o qual já falamos aqui.  Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil: suas habilidades manuais ficam evidenciadas na captura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma, ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas traseiras e a cauda e, com as patas dianteiras, vai girando a fruta até que a mesma se solte. As palmas de suas patas são lisas, as garras são parcialmente retráteis e as articulações de suas pernas lhe permitem virar as patas para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
 
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes. São solitárias, mas podem ser vistas aos pares. Costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos, até cutias. Os filhotes nascem cegos e inteiramente cobertos de penugem negra. São facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários