O castor é um bicho curioso. Ele é especialista em construir represas em beira de rios. Arrasta galhos e troncos, faz um tipo de barragem e cria um lago artificial. Em seguida, constrói perto a sua toca, usando mais galhos, troncos, lama e pedras. Assim, a casa do castor pode ficar na margem dos rios ou em pequenas ilhas no meio de cursos de água.  A entrada é por baixo da água, o que afasta predadores. Ele chega a medir 80 centímetros, tem hábitos noturnos e usa os grandes dentes incisivos para cortar a madeira com que recobre a sua toca. A cauda achatada é usada como remo quando ele está nadando.

 

Na Europa o castor foi caçado até quase à extinção por causa da sua pele e de um óleo que produz e é usado na indústria de perfumes. Desapareceu completamente da Inglaterra no século XVI. Sobreviveram diversas populações  nos países nórdicos, como Dinamarca e Noruega. Há pouco tempo a espécie foi reintroduzida na Holanda, com sucesso. 

 

No início da colonização da América do Norte, os índios usavam peles de castor como moeda de troca com os pioneiros ingleses. Em alguns filmes que mostram a colonização, aparece essa troca. A pele de castor era vendida na Europa por preços elevados para se transformar em casacos usados pelos nobres.

 

Estudos recentes mostram que o que motiva os castores a construir barragens é o som de água a correr. Por exemplo, o animal constrói um dique até a água parar de correr; se este som é introduzido artificialmente, o castor continua a construção, mesmo que a sua lagoa já esteja completa. O som é estimulador de seu comportamento.

 

Ele é o animal símbolo do Canadá e tem sua imagem associada a entidades ligadas à engenharia, nos EUA. Ele é um animal-engenheiro!