Seu nome evoca não só sua beleza como também o fato de que seu habitat era no século XVII (e continua sendo) florestas quase intocadas. As longas penas deste pássaro são de um colorido bastante intenso. Até parecem enfeites. Mas só os machos exibem caudas e topetes gigantes e coloridos, as fêmeas têm penas marrons que usam para camuflar e proteger o ninho. Assim funciona a natureza.
A ave-do-paraíso se tornou também muito conhecida por causa da sua dança de acasalamento. É uma das mais interessantes que se conhecem. Antes de começar o show, os machos escolhem um bom lugar para a dança, limpam e enfeitam com pedaços de raízes que transportam no bico. O primeiro movimento da dança é uma reverência com a cabeça feita em direção à fêmea. Depois ergue as penas lindas, pula, sacode o corpo, abre e fecha as asas. E canta um canto que varia conforme a espécie. Podem ser guinchos, apitos, sons metálicos ou estampidos. Com este gestual ele procura mostrar à fêmea que é forte e saudável. Depois do acasalamento, o macho vai embora e deixa para a fêmea os cuidados com os ovos e o ninho. É a fêmea quem cuida de tudo. Os filhotes nascem pelados e as penas aparecem depois de 30 dias. Mas nos machos as penas podem levar até cinco anos para chegarem ao seu máximo de beleza.
A ave-do-paraíso mede 1,10 metros; sem contar a cauda que pode chegar a 1 metro. Pesa até meio quilo- ela é bem levinha. Alimenta-se de frutos e insetos. Além da Austrália, pode ser encontrada na Nova Guiné e nas ilhas vizinhas. As espécies mais conhecidas são a Reggiana, de rabo branco; a Goldie, de tom alaranjado; a Azul e a Vermelha, nessas cores.
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