
Em regiões tropicais encontram-se as mais variadas espécies. Por viverem alternadamente em terra e na água, preferem áreas úmidas, preferencialmente próximas a lagos, banhados, riachos, etc. A maior parte das espécies de rãs, diferente de sapos e pererecas, tem hábitos predominantemente aquáticos.
A pele das rãs é macia e lisa, diferente da pele dos sapos, que é seca e parece áspera. As rãs respiram principalmente pela pele, embora depois de adultas contem também com pulmões. Seus olhos possuem uma terceira pálpebra e são saltados, o que possibilita que vejam em quase todas as direções. Devido à largura de suas patas traseiras, são excelentes saltadoras, assim como são excelentes nadadoras. A língua das rãs é pegajosa, o que facilita a captura de suas presas.
Geralmente, as rãs são carnívoras, alimentando-se dos mais variados insetos, de vermes, caramujos, lesmas e de pequenos animais. Seus principais predadores são aves, cobras e peixes carnívoros, sobretudo na fase larval. Somente algumas espécies de rãs possuem glândulas paratóides produtoras de veneno, como mecanismo de proteção. A carne de rã é muito apreciada pelo homem; no entanto, geralmente é proveniente de criação de rãs (ranicultura).
As rãs emitem sons variados, seja para demarcar seu território, seja para atrair as fêmeas. Rãs são ovíparas, ou seja, nascem de ovos. Na época da reprodução, machos e fêmeas encontram-se para o acasalamento, que dura aproximadamente 24 horas. Já na água, a fêmea põe entre 2000 e 3000 ovos. Em seguida, os ovos são cobertos pelo macho com uma massa gelatinosa que fecunda e depois protege os ovos. Dos ovos nascem os girinos, que permanecem na água, pois não têm patas e possuem cauda. Na fase larval a respiração ocorre por guelras, como os peixes. Os girinos tornam-se rãs quando, além de desenvolverem as patas e “perderem” a cauda, passam a ter respiração cutânea e pulmonar. Ou seja, as rãs passam por uma metamorfose completa: fase de ovo, larval e adulta. Essa transformação dura, em média, 11 semanas.
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