Ditados populares e onomatopeias: você conhece?


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No país do Voalá-Purquaquá
No país do Voalá-Purquaquá
Ditados populares  são frases e expressões que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Também são chamados provérbios. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum escutarmos provérbios em situações do cotidiano. Quem nunca ouviu, ao fazer algo rapidamente, que “a pressa é a inimiga da perfeição”? Ou, ao ver a insistência de alguém obstinado em alcançar um objetivo, que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”?   Os provérbios fazem sucesso, pois possuem um sentido lógico. Eles revelam uma verdade que se expressa em diferentes idiomas. 
 
A maioria dos provérbios e ditados populares é de criação anônima. Eles são fáceis de decorar e transmitir em função de seu formato simples, curto e direto. Falam sobre diversos assuntos e fazem parte da cultura popular da humanidade. Encontramos provérbios para praticamente todas as situações de vida, em todas as línguas. Veja abaixo os principais provérbios de da língua portuguesa, usados no dia-a-dia dos brasileiros. 
 
 
No país do Voalá-Purquaquá
O país do Voalá-Purquapá era cheio de blá-blá-blá e de lenga-lenga, ou seja, nele falava-se pelos cotovelos. Porém, todos  seus habitantes aprenderam que falar muito nem sempre é bom. É o que mostra a escritora e artista plástica Suppa em No país do Voalá, livro que conta a história de como boatos e falatórios se espalharam pelo reino, deixando o rei Ruá muito irritado. O livro é lançamento da Editora do Brasil. A autora da história chama-se Vivian Suppa. É ela também quem ilustra o lindo livro. Nele encontramos vários ditados populares. Por exemplo: “Em boca fechada não entra mosquito”; “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”; “A palavra é de prata e o silêncio é de ouro”.  A escritora transmite de maneira divertida uma importante lição: devemos prestar atenção nas coisas que dizemos aos outros.  Ela viveu durante vinte anos na França, e resgata essa experiência de forma bem alegre. Introduz muitos ditados brasileiros, todos sobre a arte de falar e de calar na hora certa. Com frases curtas e diretas, sempre rimadas e carregadas de musicalidade, a narrativa também conta com inúmeras onomatopeias como zumzum, nheco-nheco, chuá chuá; blábláblá e lenga, conforme se lê acima.... São recursos que tornam a leitura bastante divertida para crianças que estão descobrindo a riqueza da linguagem e da comunicação. Veja no quadro ao lado o que são onomatopeias. 
 
 
O que são onomatopeias?
São palavras que imitam sons. As vozes dos animais em geral são expressas por onomatopeias. Pense no barulho que faz uma abelha, todo em sons de zzzzzz. Por isso dizemos que ela zumbe. Pense no canto da galo: cocorococó! Pense na forma da galinha d’angola se comunicar: tô fraco! tô fraco! tô fraco! O cachorro late, o gato mia, a galinha cacareja... Todas essas formas são onomatopeias. Também para usar alguns sons da natureza usamos essa forma de expressão: o trovão ribomba, o relâmpago chicoteia, o vento uiva. O uivo é também o som da voz do lobo
 
 
Lista de provérbios populares
 
- Dai a César o que de César e a Deus o que é Deus.
- Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
- A cavalo dado não se olham os dentes.
- A ocasião faz o ladrão.
- A mentira tem perna a perna curta.
- Quando um não quer, dois não brigam.
- Gato escaldado tem medo de água fria.
- Papagaio come milho, periquito leva a fama.
- Cavalo que voa não quer espora.
- A necessidade é a mãe das invenções.
- Para bom entendedor, meia palavra basta.
- Águas passadas não movem moinhos.
- Macaco velho não bota mão em cumbuca.
- O boi engorda é com o olhar do dono.
- Quem cria  fama, deita  na cama.
- A morte não chega de véspera.
- Antes calar que mal falar.
- Quem quer faz, quem não quer manda.
- Cada cabeça, cada sentença.
- Cachorro que late não morde.
- Quem tem boca vai à Roma.
- Quem vê a barba do vizinho arder põe a sua de molho.
- Quem usa cuida.
- Deus ajuda a quem cedo madruga.
- Caiu na rede é peixe.
- Casa de ferreiro, espeto de pau.
- O seguro morreu de velho.
- Cada macaco no seu galho.
- Quem tudo quer tudo perde.
- Devagar se vai ao longe.
- De grão em grão a galinha enche o papo.
- Errar é humano.
- Falar é fácil, fazer é que é difícil.
- Filho de peixe, peixinho é.
- Leite de vaca não mata bezerro.
- Nada como um dia depois do outro.
- Não há rosas sem espinhos.
- Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos.
- Nunca diga que desta água você não beberá.
- O barato sai caro.
- Onde há fumaça, há fogo.
- Pela boca morre o peixe.
- Quem ama o feio, bonito lhe parece.
- Quem espera sempre alcança.
- Quem se faz desentendido é João-sem-braço

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