Uma só atriz para duas personagens diferentes


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“Eu adoro fazer humor e devo muito a ele na minha carreira”
“Eu adoro fazer humor e devo muito a ele na minha carreira”
A novelinha Chiquititas foi uma boa vitrine para Carla Fioroni, que está tendo a oportunidade de mostrar toda a sua versatilidade como atriz. Na trama, ela vive as irmãs gêmeas Matilde e Ernestina, que tiveram as suas identidades trocadas. Ernestina foi presa no lugar da vilã Matilde, mas essa situação promete mudar em breve. “A Matilde vai parar na cadeia com a irmã e isso vai ser incrível. Vocês não podem perder”, adianta Carla Fioroni. 
 
Já na vida real, notícias de bastidores dão conta de que Carla está cotada para ser uma das apresentadoras do programa “Mundo Pet”, também no SBT. Ela não confirma. “Estou envolvida com um projeto lindo de programa e logo, logo vou poder contar mais. Podem me cobrar”, despista. 
 
Qual o maior desafio em interpretar gêmeas?
CARLA FIORONI - No caso das minhas personagens, Ernestina e Matilde, enfrentei vários desafios como atriz, como usar o mesmo figurino e estar no mesmo cenário sendo chamada pelo nome da outra. Sim, porque a Matilde é chamada de Ernestina por quase todos da trama, pois ela tomou o lugar da Ernestina. Isso é complicado. Quando se pode usar outra caracterização, roupa e nome ajudam na criação de outra pessoa/personagem. Por isso fico muito feliz quando as pessoas na rua pensam que eu sou “duas”, pois literalmente me perguntam se eu tenho uma irmã gêmea que trabalha comigo na TV. Para mim isso é ouro. 
 
Quais as diferenças entre trabalhar com público infantil e adulto?
A temática em si, pois trabalhamos com assuntos mais leves e abordados com muito cuidado. Existe a preocupação com a mensagem que estamos passando paras as crianças. Nosso trabalho é cuidadoso e isso me encanta. Nas produções para adultos podemos ousar mais, fazer cenas mais fortes, mais polêmicas e falar de assuntos mais delicados. 
 
Como é o feedback das crianças nas ruas sobre Matilde e Ernestina?
Muito legal. Todo mundo me chama de Ernestina e me liga sempre à gêmea boa e engraçada em 90% do tempo que sou abordada na rua. As crianças me abraçam, sorriem, dizem que sou linda (risos) e tiram fotos. É uma festa. Não me ligam a Matilde, acho impressionante. Querem a Ernestina. Amam a Ernê (risos).
 
Qual a idade da sua filha? Ela gosta de assistir à novela?
Minha filha Gabriela é quase uma chiquitita (risos). Quando entrei nesse projeto ela tinha seis anos; agora já tem oito. Nesse tempo todo, ela se acostumou a brincar com as meninas atrizes da novela, a andar pelos cenários, a ver como tudo funciona no estúdio... Ela é uma big fã, não perde um capítulo, sabe tudo, curte tudo e agora anda com uma boneca Laura pra cima e pra baixo o tempo todo.
 
Ela dá opiniões em relação ao seu trabalho?
Ela me dá bronca quando a Matilde apronta com as crianças. Diz: “Mãe, olha só, por sua causa isso ou aquilo não pode acontecer, você estragou tudo! Para com isso e deixa as crianças em paz”. Em seguida, ela se aproxima de mim, me beija e diz: “Te amo mãe, você é uma ótima atriz!”. Não é pra gente se emocionar?! Eu me emociono sempre!
 
Você tem uma trajetória com humor tanto na televisão como no teatro. Prefere o gênero?
Eu adoro o humor e devo muito a ele. Minha carreira foi, até aqui, 90% feita de trabalhos de humor. Mas amo fazer a Matilde, pois fazer vilã também é gostoso. A gente trabalha com outras referências, exercita outras coisas. A Matilde é minha primeira vilã. Acho que, na verdade, gosto de atuar. As pessoas é que dizem que gostam de me ver fazendo humor. Também, quem não gosta de rir, né? 
 
Por quais motivos você gosta de fazer humor?
O humor tem uma conexão direta com as pessoas. O riso vem na hora, instantâneo, honesto e sempre sincero. Amo isso. No teatro, quando 700 ou 900 pessoas estão se divertindo com seu trabalho é algo inesquecível e gratificante. Na TV, temos nossos técnicos, nossa equipe de figurino, de maquiagem, de direção, enfim, tem uma pequena multidão por trás das câmeras que também se diverte pra valer. 
 
Como foi que o papel da Matilde e da Ernestina chegou até você?
Fui convidada pela minha querida Márcia Ítalo (diretora de elenco do SBT) para fazer um teste para os papéis, pois o SBT precisava encontrar essa atriz. No dia do teste encontrei 50 atrizes talentosíssimas, de alto gabarito técnico, e fiquei honrada por estar entre elas. Fiz o teste e estou aqui. 
 
Como foram feitas as cenas em que as duas ficam cara a cara? Quais os truques?
Usamos muitos recursos: tenho uma dublê e também usamos computação gráfica, recursos de luz e edição, o posicionamento das câmeras tem que ser preciso, enfim, é um batalhão de gente trabalhando. Quero destacar o trabalho do nosso editor, Allan Diniz; do nosso diretor de fotografia, Élvio Guedes; e do nosso diretor-geral, Reynaldo Boury. 
 
Podemos esperar uma parceria de Matilde e Marian (Júlia Gomes) nas maldades contra as Chiquititas?
Podemos esperar tudo, afinal novela é novela e vilão é vilão. Quanto mais maldade, melhor. Claro, isso só na novela (risos).
 
Você torce para que Ernestina dê a volta por cima e desmascare a Matilde?
Sim, torço para que a Ernestina volte para o Orfanato, desmascare a Matilde, abrace seus “energúmenos” (maneira carinhosa como chama as chiquititas) e volte a apitar na cabeça de todo mundo com muito amor.
 
E o que Matilde pode fazer nos próximos capítulos?
A Matilde vai parar na cadeia com a irmã, isso vai ser incrível. Vocês não podem perder.

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